Um grupo de 50 extremistas hindus espancaram um pastor e sete fiéis na Índia no dia 14 de junho. Só agora a imprensa internacional teve acesso a informações sobre o caso.
Os cristãos estavam reunidos para um momento de oração na cidade de Kerala, sudoeste do país, quando os extremistas de direita dos partidos Bharatiya Janata Party (BJP) e Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS), invadiram o templo, de acordo com informações do Christian Today.
Aos gritos de “Vitória à Mãe Índia!”, os extremistas destruíram móveis e instrumentos musicais, além de espancarem oito pessoas, incluindo o pastor da igreja.
As autoridades policiais foram chamadas e os feridos foram atendidos no local, recebendo os primeiros socorros. No entanto, o hospital local não aceitou que eles fossem internados, escancarando o preconceito religioso contra cristãos institucionalizado no país.
Posteriormente, a Polícia prendeu cinco pessoas pelo ataque, e o ministro do Interior e outros partidos políticos publicaram comentários de repúdio ao atentado.
O secretário da Comissão de Liberdade Religiosa da Associação Evangélica da Índia (EFI, na sigla em inglês), reverendo Vijayesh Lal, comentou que embora o caso não tenha sido um “grande incidente”, o fato é que já se espera que outros ataques semelhantes continuarão acontecendo contra as minorias da Índia, que tem a sociedade organizada por um sistema de castas orientado em parte pela religião hindu.
Cristãos da região fizeram um protesto pacífico contra o ataque dos extremistas, e novamente, foram alvo de hostilidade por parte de pessoas descritas como “nacionalistas hindus”, que gritavam palavras de ordem e faziam ameaças aos fiéis.
De acordo com informações da agência Fides, os cristãos somam 40% da população da região de Kerala. Entre maio de 2014 e o mesmo mês em 2015, a EFI documentou 600 ataques contra cristãos e muçulmanos. Nesse caso, a maioria das agressões foram registradas contra os adeptos do islamismo.