Apesar de ter uma Constituição que autoriza a liberdade religiosa, assim como a evangelização e conversão, Uganda é um dos países que mais têm registrado ataque de extremistas a igrejas e aos cristãos, sendo a parte islâmica local a principal responsável pela onda de intolerância.
No dia 5 desse mês, por exemplo, muçulmanos incendiaram o templo de uma igreja no sul do país, o que resultou na morte de dois cristãos. Tudo aconteceu enquanto os seguidores de Jesus Cristo estavam reunidos para uma vigília de oração.
“Consegui escapar com outros poucos membros restantes, mas dois fiéis idosos ficaram presos dentro do templo e o fogo os queimou”, disse o pastor da igreja, George Kato, segundo informações do Morning Star News.
O templo da igreja não resistiu ao fogo e começou a desmoronar durante o incêndio, dificultando ainda mais na fuga dos fiéis. Kato explicou que chegou a ver pessoas com trajes islâmicos no lado de fora, assim que conseguiu sair, por volta das 4h da madrugada.
“Vi três muçulmanos vestidos com trajes islâmicos longos saindo de lá. Não consegui identificá-los”, disse o pastor. Em outra ocasião, dessa vez no dia 11 de abril, um evangelista cristão também foi atacado por extremistas muçulmanos no leste de Uganda.
O cristão, identificado como bispo Amon Sadiiki, havia participado de uma série de debates com islâmicos locais, quando foi atacado no caminho de volta para sua casa. Ele foi surpreendido com golpes de faca, chutes e socos. “No quarto dia do debate, 11 muçulmanos se converteram ao cristianismo”, disse uma fonte.
O bispo Amon Sadiiki voltava com outros irmãos em uma moto, quando foi cercado pelos extremistas, que começaram a lhe atacar. “Fizemos um grande alarme gritando por socorro para o bispo que precisava ser resgatado, pois ele estava à beira da morte”, disse Peter Wabukoma, um dos acompanhantes do evangelista.
“O bispo ficou gravemente ferido. A barriga, a cabeça e as pernas do bispo foram cortadas com facas afiadas e ele perdeu muito sangue”, acrescentou.