A festa de aniversário da humorista paraibana Gessica Kayane, chamada “Farofa da GKay”, foi comparada pelo ativista Anderson França ao reino de Deus, que viu na orgia anunciada pela aniversariante uma espécie de confraternização espiritual.
A festa “Farofa da GKay” foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais ao longo da última semana, por conta dos anúncios feitos pela aniversariante: custo de R$ 2,8 milhões, “dark room” (um quarto escuro para prática sexual), bebidas e aglomeração.
Com entrada permitida apenas para convidados, a festa ocorreu no Marina Park Hotel, em Fortaleza (CE), com a presença de “celebridades” como Kefera, Whindersson Nunes, Viih Tube, Boca Rosa, Matheus Mazzafera, Valesca Popozuda, João Guilherme, Belo, Gracyanne Barbosa, MC Kevinho, Leo Santana e até Wesley Safadão, que se apresenta como evangélico.
Comentários nas redes sociais indicam que houve uso de drogas ilícitas e prática de orgias durante os três dias da “Farofa da GKay”, e a própria humorista concedeu entrevista afirmando que havia convidado 20 homens com quem ela queria praticar sexo.
Diante de toda a promiscuidade anunciada, o ativista Anderson França, colunista da Folha de S. Paulo e youtuber, usou sua página no Facebook para comparar a “Farofa da GKay” ao reino de Deus.
Provocação e deboche
França adota um tom provocador em seus textos e em setembro de 2020 chegou a dizer que evangélicos seriam cúmplices da ex-deputada Flordelis na morte do pastor Anderson do Carmo: “Todo castigo pra crente é pouco”, afirmou na ocasião.
Na última quinta-feira, 09 de dezembro, o ativista de esquerda demonstrou sua vontade de ser convidado para uma eventual futura edição, e de quebra, expressou toda sua infelicidade comparando a orgia ao reino de Deus:
“Não sei quem é GKay. O que ela faz, seja o que for, não aparece pra mim. O que não significa que não seja importante pra muita gente, por que aposto que ela nunca ouvir falar de mim, nem por isso deixo de existir. A questão não é essa”, escreveu.
E continua: “A questão é que, da próxima vez que vocês fizerem uma festa chamada FAROFA, onde hétero, gay, trans, preto, branco, míope, crespo, coque samurai, gordo, magro e pessoas com deficiência estejam presentes na festa botando pra f** com felicidade like Baile da Nova Holanda, por favor, me convidem, por que se isso não é o Reino de Deus, nada mais é”, escreveu França.
No dia seguinte, diante da repercussão negativa, voltou a atacar os evangélicos: “Teve muito crente que ficou p***. Sinto dizer, que eu sou crente, a terceira geração de crente na minha família, e eu acredito que o Reino de Deus é pra todos, principalmente aqueles que são chamados de vadios. Porque Jesus andava com prostitutas e pecadores”.
Como a intensidade das críticas aumentou, o ativista subiu ainda mais o tom: “No Reino de Deus as bebidas chegam em galão de água da torneira, que Jesus transforma em Royal Salut, garrafa de porcelana. E na Dark Room vai estar o Rei Salomão, filho de Davi. Salomão, que tinha mais de mil esposas. Um cabra grande, todo bem dividido, baiano, cheio de sustança, alisando na sua cântara subian tchecôva náia”, debochou.
“Quem tá escandalizado, é safado. Não aconteceu nada na Farofa que não aconteça dentro da igreja. E mais: historicamente, a igreja é lugar de pedofilia, estupro, abuso e violência e pode entrar sem máscara. Na Farofa não teve nada disso, e tinha que apresentar carteirinha de vacinação. Acho que, no fundo, esses crente tão é com recalque de não ter sido convidado. Faz assim: inventa um Farofa Gospel. No monte, 3 dias. Daciollo sem camisa. Juro que eu vou. Nasci em igreja, amada. Não vem me ensinar como esse esgoto funciona não”, concluiu.