O pastor Marco Feliciano foi anunciado pelo PSB como candidato à prefeitura de São Paulo nas eleições municipais de 2016. O deputado federal deverá se licenciar do cargo durante o período de campanha.
A iniciativa, de acordo com o pastor Everaldo Pereira, ex-candidato a presidente da República e presidente nacional da legenda, faz parte de um plano para o crescimento do partido e pretende contar com apoio de outras lideranças políticas: “Vamos buscar partidos para aumentar nosso tempo de TV”, disse, em entrevista à Folha.
A reunião que definiu a candidatura de Feliciano à prefeitura da capital paulista aconteceu na última segunda-feira, 31 de julho. Após o encontro, o pastor justificou sua decisão como uma forma de mudar a maneira como a cidade é administrada: “A grande diferença do nosso governo será estar perto das pessoas. Não é porque São Paulo é uma grande metrópole que isso justifica o distanciamento do prefeito do dia a dia do paulistano; faremos um governo para as pessoas”, disse.
Marco Feliciano é morador de Orlândia, cidade do interior paulista, e precisará mudar sua residência para comprovar à Justiça Eleitoral que pode se candidatar à prefeitura de São Paulo.
Na disputa, Feliciano terá um páreo duro e inusitado. Dentre os atuais pré-candidatos, estão a senadora e ex-prefeita da cidade, Marta Suplicy (PMDB), que se desfilhou do PT meses atrás; o deputado federal e apresentador Celso Russomano (PRB), apoiado pela Igreja Universal do Reino de Deus; e o jornalista José Luís Datena, que recentemente formalizou sua desfiliação do PT e negocia com o PP para disputar as eleições.
O PSDB, partido do governador Geraldo Alckmin, deverá ter o apoio do PSB e tem quatro pré-candidatos à disputa: o empresário e apresentador de TV João Dória Jr., o vereador paulistano Andrea Matarazzo e os deputados federais Ricardo Trípoli e Bruno Covas, neto do falecido ex-governador Mário Covas.
O atual prefeito, Fernando Haddad (PT), deverá ser candidato à reeleição, apesar das altas taxas de reprovação ao seu mandato, marcado pela criação de faixas exclusivas para ônibus e ciclovias a custos altos e sem planejamento, que recentemente resultaram na morte de um idoso, atropelado.