O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) voltou a falar sobre a cassação de Eduardo Cunha e disse que seu voto a favor do ex-deputado foi sua forma de expor tudo que ele representava na defesa do conservadorismo e também pelo fato de que ainda não existe sentença da Justiça nas acusações de corrupção contra Cunha.
“Eu quero aqui expor para vocês o motivo pelo qual eu votei contra a cassação do Eduardo Cunha. Eu iria saber que ele iria ser cassado. Ora, sabendo que ele seria cassado, não seria muito mais prático, cômodo, para mim, votar pela cassação dele? Bastava eu ligar para ele depois e falar ‘Eduardo, você sabia, eu não queria me queimar, não queria ter o desgaste, passar pelo constrangimento público’. Mas eu não sou assim. Desde que eu me iniciei na vida política eu tenho posições firmes. Eu luto por aquelas coisas em que eu acredito”, afirmou.
Sobre a alegação de que Cunha é corrupto, Feliciano fez uma breve análise sobre a questão, lembrando que se ficar provado que o ex-deputado cometeu crimes, deverá ser punido: “Calma aí. Eduardo Cunha não foi cassado por corrupção, por crimes. Ele foi cassado por quebra de decoro, por supostamente ter mentido em uma CPI. Se Eduardo Cunha é criminoso, porque ele não está preso ainda? Ora, quem cuida disso não é a Câmara dos Deputados, é o Supremo Tribunal Federal, e aí sim, que ele seja punido. Eu só não sou a favor do que fizeram com ele, um linchamento público”.
Depois da abertura do processo de impeachment, “Eduardo Cunha virou a bola da vez”, segundo Feliciano. “Todos os partidos de esquerda se uniram contra ele. Veja só: nós, políticos, sabemos que a cassação de Eduardo Cunha foi puramente vingança política”, acrescentou.
Feliciano destacou a defesa do conservadorismo feita por Cunha, e disse que ele foi cassado porque é “uma pedra de tropeço no caminho da esquerda”, e que agora “é um momento triste para os que são de direita”: “Eduardo tirou o PT do poder. Lutou contra as abortistas, feministas, contra a agenda LGBT, tirou a ideologia de gênero de todas as esferas, me deu a redução da maioridade penal”, elencou.
Assista à declaração na íntegra: