A exigência por austeridade com os gastos públicos vem se tornando uma pauta comum na sociedade. Às vésperas da primeira eleição após a cassação de uma presidente por imperícia na administração das contas da União, o tema não poderia deixar de ser observado de perto pelos eleitores, grande mídia e formadores de opinião.
O pastor Marco Feliciano (Podemos-SP) foi alvo de uma pequena nota do jornalista Ernesto Neves na coluna Radar Online, da revista Veja, por conta dos altos gastos de seu gabinete com passagens aéreas. Foram mais de R$ 155 mil ao longo de 2017.
Embora seja prerrogativa parlamentar e uma despesa legal, o questionamento sobre o custo do Poder Legislativo no Brasil se estende há anos. Em 2018, após o recesso parlamentar, o gabinete do pastor gastou, apenas em fevereiro, R$ 19,7 mil em passagens aéreas.
“Neste mesmo período, o custo total de seu gabinete atinge R$ 474.143,25, segundo o portal de transparência da Câmara”, afirmou Neves. “Para efeito de comparação, o gabinete do deputado Celso Russomanno (PRB), também de São Paulo, consumiu pouco mais da metade disso. A conta de Russomanno está em R$ 258.459,24”, acrescentou o jornalista.
Feliciano, que surge como um dos potenciais candidatos ao Senado por São Paulo, costuma se pronunciar através de suas redes sociais quando questionado sobre suas posturas. Nesses espaços, aliás, o pastor geralmente faz defesa dos valores conservadores e prega o combate a corrupção de forma mais ampla, expressando argumentos sem a preocupação de ser censurado ou ter suas palavras distorcidas, como ocorre com frequência na grande mídia.
No entanto, a reportagem de Ernesto Neves, publicada no portal da Veja na última quarta-feira, 21 de março, não foi comentada por Feliciano em suas redes sociais até o fechamento desta matéria.