O pastor e evangelista Franklin Graham não tem dúvida de que a Igreja Cristã vive, atualmente, em um período de escalada agressiva da perseguição religiosa aos cristãos, algo que atinge diretamente os que não abrem mão de pregar o genuíno Evangelho de Jesus Cristo.
Falando durante uma conferência da NRB 2023, que reúne mídias cristãs, o pastor disse que as empresas e líderes em geral precisam se preparar para a cultura do “cancelamento” que agora está sendo convertida em ferramenta de censura contra a liberdade religiosa.
“O mundo está se deteriorando tão rapidamente. Parece que todo demônio no inferno foi solto. E não podemos ser enganados. Precisamos nos preparar e estar preparados”, alertou o evangelista, filho do lendário Billy Graham, reconhecido mundialmente por suas cruzadas evangelísticas pelo globo.
O que esperar?
Por cultura do “cancelamento”, Franklin Graham se referiu ao que muitos, atualmente, consideram “discurso de ódio”, por exemplo, quando a Igreja prega contra a união entre pessoas do mesmo sexo, expondo que a Bíblia classifica como pecado a prática homossexual, tal como outras condutas sexualmente erradas condenadas por Deus.
Apesar desse e outros ensinos serem pautados por uma doutrina religiosa, e não só no cristianismo, mas também em outras tradições milenares, como o islamismo e judaísmo, tem se tornado cada vez comum os casos em que líderes são denunciados por suposta “homofobia”.
Com isso em mente, Graham diz que as igrejas devem se preparar para recorrer a meios alternativos, no futuro, para não serem silenciadas. Ele pediu atenção especial atenção com três segmentos: empresas de dados, bancos e companhias de seguros.
Isso porque, se uma igreja depende de empresas que oferecem serviços de hospedagem e transações financeiras, por exemplo, em dado momento ela poderá ser “fechada” caso a mesma organização resolva cancelar seus contratos, por exemplo, por divergência ideológica ou cumprimento de ordem judicial.
“Se a Amazon nos desligar, talvez possamos continuar por mais alguns anos”, exemplificou o pastor, explicando que o seu ministério já tem procurado desenvolver uma empresa própria de serviços tecnológicos, a fim de garantir o funcionamento das suas atividades no futuro.
“Todo o objetivo é porque estamos vivendo uma cultura de cancelamento e eles querem destruir organizações cristãs. Eles querem que fechemos a boca e não querem ouvir de nós”, diz Graham, segundo a Church Leaders.
“Se você não prega o evangelho, não precisa se preocupar com nada. Se você não vai falar sobre pecado, não precisa se preocupar com nada. Mas se você tentar pregar e proclamar o evangelho, eles tentarão calá-lo”, concluiu. Veja também:
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