A questão da prostituição é repudiada por todas as vertentes do cristianismo, que à luz da Bíblia Sagrada classifica a prática como pecaminosa. No entanto, em tempos de crescimento numérico galopante de evangélicos no Brasil, situações antes inimagináveis são retratadas pela mídia como fatos corriqueiros.
O jornalista Mário Magalhães, blogueiro do portal Uol, publicou uma reportagem em que entrevistou garotas de programa a respeito da visita do papa Francisco ao Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude.
Com o irreverente subtítulo de “Sexo Ecumênico”, o jornalista relatou a história da garota de programa mineira Mel, 20 anos, que se diz evangélica e casada. “Sei que vivo em pecado”, sussurrou a jovem, segundo o jornalista.
A jovem relata que a opção por ganhar a vida vendendo o corpo se deu pelo baixo salário. Seu emprego anterior, como atendente de telemarketing, rendia-lhe um salário mínimo mensal. Agora, prostituindo-se, arrecada até R$ 750 por noite.
Mel relata ainda que seu marido, aos 22 anos, também seguiu o mesmo caminho, e atende homossexuais cobrando R$ 70 a cada quinze minutos de programa. O subtítulo usado pelo jornalista se justifica pela declaração da própria Mel: “Se o papa passar e olhar para mim, eu vou gritar ‘come on’”, afirma a garota.
Magalhães usa a história de vida da jovem mineira para citar um caso de restauração. A pastora Wilma Ribeiro, uma das líderes da Igreja Batista da Lagoinha (IBL), contou seu testemunho de conversão num livro biográfico, e fala abertamente sobre a fase em que se prostituía: “Cheguei a sair com o primeiro-ministro de certo país”, relata.
O texto de Magalhães ainda conta a história de uma prostituta chamada Júlia, que já foi católica por quinze anos, evangélica da Assembleia de Deus por outros seis e que, atualmente, se mantém distante da fé e adota postura diferente de Mel: “Ou é céu ou o inferno. Não dá para servir a dois deuses ao mesmo tempo. Agora, estou no inferno”, resume.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+