O mais recente ataque do Estado Islâmico a cristãos na África foi comentado pelo jornalista e escritor Adrilles Jorge, que apontou o globalismo como raiz da fraqueza cultural e social do Ocidente, perante adversários que visam subjugar toda a civilização que não se coaduna a eles, como ocorre com os radicais islâmicos.
No programa Os Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan, dados da Missão Portas Abertas sobre perseguição religiosa a cristãos foram usados para demonstrar o crescimento da cristofobia ao redor do mundo, com 4.305 mortes de cristãos que perderam a vida por causa de sua fé.
A partir do contexto apresentado, Adrilles afirmou que há interesses escusos que se mantém à sombra do debate popular e que a consequência é a ascensão de oponentes que visam se impor ao modelo de sociedade ocidental.
“Isso é grave. A quem interessa o escamoteamento desse tipo de notícia? A gente percebe exatamente o princípio daquilo que se chama globalismo, essa complacência a várias culturas étnicas. […] A multiplicidade cultural tem limites. Você não pode abraçar e ser complacente a quem o esmaga”, avaliou o escritor.
Adrilles Jorge fez questão de esclarecer um ponto da fé bíblica que é amplamente distorcido: “Dar a outra face, que é um princípio cristão, não é exatamente deixar o outro te assassinar. Exatamente dar a outra face do perdão quando você ensina o princípio de que aquela pessoa está equivocada e ela necessita de um perdão, uma redenção”.
“Se você for ensinar tolerância a um radical islâmico e dizer que Alá pode, eventualmente, não ter existido, ele vai te decapitar. E a quem interessa o escamoteamento desse tipo de perseguição que sofrem os cristãos?”, questionou, antes de exemplificar um caso recente: “A gente tem, aqui no Brasil, um caso um exemplo sintomático, o Porta dos Fundos, atacando o cristianismo como se fosse um poder opressor”.
“Olha só o que acontece ao redor do mundo: os oprimidos continuam a ser os cristãos. Isso há dois mil anos. Passou por Constantino, passou pela Idade Média […] É lógico que a Igreja Católica cometeu seus eventuais abusos, mas isso não justifica depreciar toda uma cultura cristã que é a base, o alicerce, do humanismo, da generosidade, dos direitos universais do homem. Tudo isso está arraigado no cristianismo”, contextualizou.