Ciente de que os evangélicos se tornarão o maior segmento religioso do país em um futuro breve, ultrapassando os católicos, a rede Globo tem buscado fazer “de tudo”, segundo o analista de TV Jeff Benício, para tentar atrair a atenção dessa população. Mas não tem conseguido!
Em um artigo publicado recentemente, Benício, que escreve desde 1998 sobre TV e mídia, conclui que a maior emissora do país está frustrada por não conseguir seduzir a audiência evangélica, mesmo investindo em personagens e conteúdos voltados para o segmento – em sua maioria estereotipados de forma pejorativa.
A maioria dos líderes evangélicos do país, segundo o analista, “execra a TV líder no Ibope por enxergar um projeto ideológico progressista contrário ao que pregam a seus fiéis.”
De fato, não é por acaso. O próprio Benício reconhece que a Globo “está cada dia mais progressista, especialmente pela postura a favor dos LGBT+” e de outras pautas contrárias aos valores cristãos, como o aborto e o feminismo.
Esforço enganoso
Conteúdos como a novela “Vai na Fé” e o convite de celebridades do mundo gospel para a grade de programações não foram suficientes para desfazer a imagem negativa da Globo aos olhos do público evangélico.
Pelo contrário, a forma quase sempre enviesada, pejorativa, com que os protestantes são retratados nas programações da emissora, contribuíram para fazer a igreja evangélica rejeitar ainda mais a emissora.
O pastor Silas Malafaia fez o mesmo apontamento em uma entrevista para a revista Veja, citada por Benício em seu artigo para o portal Terra. “Quando é que a Globo não debochou, não ridicularizou, não fez alguma coisa de forma a denegrir (sic) a imagem dos evangélicos?”, questionou o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
Pelo visto, se realmente estiver interessada em uma audiência genuína dos evangélicos, a Globo terá que se “converter”, literalmente. Veja também:
Globo fará série documental sobre a história dos evangélicos no Brasil