As autoridades da Angola anunciaram que não reconhecem a Igreja Mundial do Poder de Deus e que irão processar os pastores brasileiros responsáveis pelos templos no país caso a denominação continue funcionando.
O alerta partiu do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, que classificou a Igreja Mundial do Poder de Deus como ilegal pois “não é legalmente reconhecida”.
“Isto é, não detém personalidade jurídica à luz da lei angolana, não podendo exercer quaisquer direitos e deveres, nos termos da referida lei”, informou a nota das autoridades, segundo informações da agência Lusa.
Os representantes da Mundial não se posicionaram a respeito do alerta das autoridades angolanas. A denominação estaria se mantendo em funcionamento em Luanda, capital do país, e ainda teria planos de manter templos no país, de acordo com o RTP.
Para o governo, a igreja fundada pelo apóstolo Valdemiro Santiago não se encontra entre as 83 confissões religiosas “legalmente reconhecidas pelo Estado angolano”, e por isso, os cultos promovidos pela denominação são considerados uma atividade criminosa.
“O exercício não autorizado desta atividade contrariando o estabelecido legalmente, acarreta a responsabilização civil e criminal dos seus responsáveis diretos e dos seus órgãos sociais”, advertiu o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos.
Com diversas filiais em países africanos, a Igreja Mundial tem presença em Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo Verde, todos países lusófonos. A expansão da igreja neopentecostal para os países de língua portuguesa é uma estratégia de Valdemiro Santiago para facilitar a comunicação com os fiéis.
Além dos países africanos, a Mundial também está presente em Portugal, e no Brasil, conta com aproximadamente quatro mil templos.