Localizada no continente africano, a Eritreia ocupa atualmente o 7° lugar no ranking de países que mais perseguem os cristãos no planeta, segundo a organização internacional Portas Abertas. Não por acaso, recentemente o governo do país prendeu 30 seguidores de Cristo, acusados de rebelião contra o Estado.
Segundo um dos relatórios recentes, todos os 30 cristãos são de igrejas pentecostais e só serão libertos da prisão se negarem a fé em Jesus Cristo. Para garantir o controle sobre a população, o governo da Eritreia utiliza a força policial como ameaça constante.
“Policiais realizam incursões contínuas em residências particulares onde devotos de religiões não reconhecidas, especialmente cristãos pentecostais, se reúnem para orações comunitárias”, diz o documento.
“Eles só serão libertados se renegarem a fé”, acrescenta o texto, destacando que a intenção das prisões é coibir o avanço do cristianismo. Assim, com a intimidação e o controle social de instituições comunitárias, o governo da Eritreia busca sufocar a fé dos cristãos no país.
“As autoridades, de fato, exigem o controle total de todas as organizações de origem religiosa, como escolas particulares, clínicas médicas e orfanatos”, continua o texto, refletindo um cenário já observado em 2017, quando dezenas de cristãos também foram presos, supostamente, por exercerem a fé de forma “clandestina”.
“Desde maio deste ano, cerca de 200 cristãos foram presos”, disse Todd Nettleton na época. Ele representa a entidade Voz dos Mártires nos Estados Unidos e na ocasião alertou sobre algo que tem sido cada vez mais observado em 2019, que é a invasão domiciliar das patrulhas do governo.
“O interessante sobre isso é que eles mudaram de tática. Em vez de apenas aparecer nos cultos das igrejas ou em estudos bíblicos, agora o governo está indo para as casas dos cristãos, prendendo famílias inteiras”, disse completou o missionário.
O regime autoritário na Eritreia existe desde 1993, sob o comando de Isaias Afwerki. A fama de intolerância religiosa e perseguição aos cristãos é tão grande que o país é conhecido como a “Coreia do Norte da África”, um título nada honroso para quem preza por liberdade e justiça.