Uma cristã grávida de três meses foi espancada e despida em público por dois irmãos extremistas muçulmanos no Paquistão. Elisha Bibi, com três meses de gestação, foi agredida após discutir questões de fé com a mãe e a irmã dos agressores.
Em depoimento à Polícia, Elisha afirmou que os irmãos Muneeb e Mobeel Gondal a espancaram com barras de ferro, tiraram sua roupa e a arrastaram para a rua, enquanto outros muçulmanos assistiam a cena e zombavam da situação, dizendo que aquilo era a “desgraça cristã”.
Testemunhas disseram que quando Elisha caiu inconsciente, os agressores roubaram seu celular, um colar de ouro e uma pequena quantia em dinheiro, de acordo com informações do Christian Post.
Um grupo de cristãos da Associação Cristã Britânica Paquistanesa (BPCA, na sigla em inglês) interviu e chamou a Polícia. Quando Elisha recuperou a consciência e se levantou para deixar o local tentando cobrir seu corpo seminu, muçulmanos que ainda estavam na rua passaram a apedrejá-la.
Os integrantes da BPCA disseram que os muçulmanos “não sentiram nenhum remorso ou piedade” de Elisha e só pararam as agressões quando a Polícia chegou ao local. Segundo o portal Shoebat, Elisha Bibi perdeu a gravidez após o espancamento.
O caso repercutiu e o presidente da Comissão de Libertação Humana (equivalente ao Direitos Humanos no Brasil) do Paquistão, Aslam Pervez Sahotra, afirmou que a Polícia local fez uma investigação “meia-boca” do caso e não efetuou a prisão dos dois agressores.
A indignação com o caso levou outros cristãos a moveram ações judiciais contra os dois irmãos extremistas, mas a comunidade muçulmana tem reagido com ameaças aos cristãos. “Estamos recebendo relatos de que as famílias cristãs estão sendo forçadas a retirar o processo sob violência, em falsas acusações de blasfêmia”, disse Sahotra.
O Paquistão atravessa um momento de instabilidade, com diversos casos de intolerância religiosa e acusações de blasfêmia feitas pelos muçulmanos contra as minorias religiosas no país, incluindo cristãos.