A Igreja Evangélica ‘Winning All’, localizada no estado de Kaduna, na Nigéria, foi palco de mais um ataque terrorista que terminou no sequestro do seu pastor, sua filha e mais 15 fiéis no último domingo (19), entre eles 11 meninas e seis homens.
A congregação de aproximadamente 6 mil membros fica precisamente na vila de Dankande, na área do governo local de Birnin Gwari, e é liderada pelo Rev. Zakariah Ido.
Segundo Nnamdi Obasi, do Grupo Internacional de Crise, um grupo de 20 homens armados invadiu a igreja no momento em que fiéis ensaiavam para uma apresentação musical.
“Foi por volta de meia-noite e meia. Nós havíamos programado o ensaio do coral na igreja com outras comunidades vizinhas. Normalmente, realizamos o ensaio das 21h a 1h da manhã”, disse uma testemunha, segundo informações do Christian Post.
“Todo mundo estava apavorado, mas não havia como fugir porque eles já haviam cercado a igreja”, completou a testemunha anônima.
Nath Waziri, secretário do Conselho de Igrejas do distrito, indicou que o grupo teve como objetivo sequestrar o pastor, porque perguntaram por ele durante o ataque. O líder da congregação, no entanto, não estava no local no momento do incidente, mas os fiéis foram forçados a levar o grupo até a sua residência.
“Depois das ameaças, os coristas ficaram com medo e mostraram a casa do pastor”, disse Wazir. “Eles o levaram embora, com sua filha e outras 15 pessoas, entre as quais está o filho do pastor da Igreja Assembleia de Deus”.
Embora não exista certeza qual foi o grupo responsável pelo ataque, uma testemunha disse ao jornal ‘This Day’ que 30 homens da etnia Fulani, armados com fuzis e facões, atacaram a aldeia de Guguwa-Kwate, na área do governo local de Igabi.
Eles acreditam que se trata do mesmo grupo que sequestrou o pastor Zakariah e suas ovelhas. Estamos desamparados porque não há nada que possamos fazer além de denunciar à polícia quando tais incidentes acontecem”, disse a testemunha.
A Nigéria tem sido palco nos últimos anos de um verdadeiro massacre aos cristãos.
Apesar das constantes denúncias, às autoridades do pais, incluindo o seu presidente, Muhammadu Buhari, que pertence à etnia Fulani, parecem não dar muita atenção e fechar os olhos para a perseguição religiosa em seu país, enquanto é cada vez maior o número de ataques aos seguidores de Jesus.