Ocupando o sexto lugar na lista mundial de perseguição religiosa, publicada anualmente pela organização Portas Abertas, o Estado da Eritreia, como é conhecido oficialmente, libertou na última semana um grupo de 35 cristãos que estava preso por cultuar a Jesus em uma igreja não autorizada pelo governo.
A Eritreia é um país localizado no Nordeste da África. Possui um regime político autoritário, comandado pelo único partido do país, chamado “Frente Popular por Democracia e Justiça (FPDJ)” e seu presidente, Isaias Afewerki.
Apesar do cristianismo existir no país, o islamismo também é a confissão religiosa de boa parte da população. Às igrejas cristãs no país, desde 2002 só podem funcionar com a autorização (controle) do Governo, semelhante ao que acontece em países como a China, dominada pelo regime comunista.
Os 35 cristãos libertados na última semana foram presos justamente por serem acusados de prática religiosa ilegal, quando foram pegos em uma igreja não regulamentada pelo Estado da Eritreia. Eles ficaram na prisão por quatro anos.
Apesar da libertação desse grupo, milhares de outros cristãos presos por motivos religiosos continuam nas prisões e campos de concentração do país. Estima-se que 1,2 a 3 mil pessoas tenham sido encarceradas por conta da sua fé, entre eles muitos idosos e líderes cristãos.
“Em particular anciãos, líderes religiosos e pastores que estão presos desde 2004. Por conta da idade avançada, eles têm cada vez mais problemas de saúde”, disse o Dr. Berhane Asmelash, diretor do grupo libertado.
Para Thomas Reese, líder da Comissão Internacional de Liberdade Religiosa americana, a Eritreia é “um dos piores exemplos de repressão da liberdade religiosa ou crença patrocinado pelo Estado no mundo”, mas a organização Portas Abertas pede aos irmãos em Cristo que orem pelo país, para que a comunidade cristã consiga suportar as perseguições e continue seguindo o evangelho.