O ano de 2014 foi marcado pelo domínio do grupo terrorista Estado Islâmico no Iraque, o que resultou na destruição de inúmeras igrejas cristãs, muitas delas com um valor histórico inestimável. Felizmente os terroristas foram derrotados e agora diferentes organizações se uniram para restaurar os antigos templos.
Não apenas templos cristãos foram destruídos, mas também muçulmanos e yazidis, segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que assinou uma parceria no mês passado com os Emirados Árabes Unidos (EAU) para investir mais de US $ 50,4 milhões na reconstrução do templo.
Além da UNESCO e dos EAU, a ONG ACN (“Ajuda à Igreja que Sofre”) também está contribuindo para a restauração dos antigos edifícios, como a “Grande Igreja de Al-Tahira” de 800 anos de idade, localizada em Qaraqosh, uma grande cidade localizada nas planícies de Nínive.
“Para nós, [a Grande Igreja de Al-Tahira] é um símbolo. Esta igreja foi construída em 1932 e foram os aldeões de Bagdá que a construíram”, disse o arcebispo católico sírio Petros Mouche, de Mosul.
“Por esse motivo, queremos que esse símbolo permaneça como um símbolo cristão para incentivar as pessoas, especialmente os locais de Bagdá, a ficar aqui. Este é o nosso país, e este é um testemunho que podemos dar por Cristo.”, completou, segundo a emissora CBN News.
Outro templo que será reconstruído é o da igreja Al-Saa’a, feito pelos católicos dominicanos entre 1866 e 1873. Para Noura Al Kaabi, Ministro dos EAU de Cultura e Desenvolvimento do Conhecimento, os esforços para a restauração dos templos cristãos visa retomar o estado de paz e convivência entre os diferentes grupos religiosos da região.
“Estamos muito honrados em assinar esta parceria com a UNESCO e o povo do Iraque para levar os nossos esforços e ajudar a reconstruir Mosul e reavivar o espírito de convivência e coesão social”, disse ele.
“Esta reabilitação visa recuperar o verdadeiro espírito da cidade, uma história de coexistência pacífica entre diferentes grupos étnicos e religiosos”, completou a diretora geral da UNESCO, Audrey Azoulay.