O uso da árvore de Natal como decoração é um assunto que, a cada ano, rende discussões entre evangélicos, por conta da origem dessa tradição. E a pastora Helena Tannure se viu envolta numa polêmica nas redes sociais na última quinta-feira por esse motivo.
No dia em que os cristãos evangélicos celebravam os 502 anos da Reforma Protestante, Helena Tannure compartilhou um TBT (“throwback Thursday”, que pode ser traduzido como “quinta-feira do retorno”) em seu Instagram com uma foto do Natal de 2018, ao lado da família, e com uma árvore de Natal.
Na legenda, a pastora destacou que foi “uma noite em família, com oração, comunhão e pijamas, e lamentou a ausência da filha Clara Tannure, que não vive mais na casa dos pais, na reunião.
Porém, parte dos seguidores da pastora questionaram o fato de a família ter montado uma árvore de Natal em casa, já que o objeto é um símbolo de tradições pagãs e não representa o real sentido da data para a tradição cristã.
Para acalmar os questionadores, Helena Tannure publicou um vídeo em que explica que o objeto tinha a mera função de decorar a sala da casa da família, e que Jesus continua sendo o motivo principal da celebração.
“Eu sou parte da Igreja Batista da Lagoinha, e a minha liderança não condena o [hábito] de montar a árvore de Natal. Idolatria, que é um argumento [para não montar] não é apenas [para] a árvore, mas tudo que toma a primazia de Deus na nossa vida; pode ser comida, bebida, relacionamento. E o que eu posso testemunhar para vocês é que desde que os meus filhos são crianças, nós fazemos a seguinte associação: por que a árvore de Natal? Ela é um pinheiro, que é uma árvore que continua verde no meio de um mais rigoroso inverno. Então, isso nos remete à vida cristã”, argumentou.
“Fomos chamados a viver a vida de Cristo, e a vida de Cristo continua verdejante do meio da escuridão”, acrescentou a pastora, pontuando que sua família não usa a figura do Papai Noel, e troca lembranças modestas, só para que seja lembrado que o maior presente foi Deus quem deu para a humanidade.
Ao final, ainda acrescentou que não é necessário tamanho preciosismo, pois tudo indica que Jesus não nasceu em dezembro, e sendo assim, a data é simbólica.