O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), participou do primeiro debate presidencial do segundo turno das eleições 2022, realizado ontem às 20h por um pool de empresas de jornalismo. Na ocasião, o chefe do Executivo defendeu o direito de uma igreja funcionar, mesmo em “tempo de guerra”.
A declaração do presidente da República se deu em um contexto onde ele fez críticas aos governadores e prefeitos que determinaram o fechamento das igrejas durante a pandemia.
Bolsonaro acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não agir em favor da liberdade religiosa durante a pandemia. Segundo o candidato do PL à Presidência da República, o petista teria apoiado o fechamento das igrejas no país, junto aos governadores do Partido dos Trabalhadores (PT).
“Igreja não se fecha nem em tempo de guerra e você permitiu que os seus governadores fechassem igrejas, Lula. Que respeito você tem para com as religiões?”, questionou Bolsonaro na ocasião.
Igrejas fechadas
O debate presidencial foi transmitido por mídias como a rede Bandeirantes, CNN Brasil e canais do grupo UOL, entre outros que compuseram o pool jornalístico.
Durante o confronto que, por sinal, teve um formato inovador ao permitir que os candidatos se confrontassem livremente, cada qual administrando 15 minutos do próprio tempo, Bolsonaro também questionou a relação de Lula com o ditador Daniel Ortega, da Nicarágua.
Conforme o noticiado recentemente, Ortega tem fechado igrejas e perseguido líderes cristãos em seu país. Ao responder o questionamento, Lula não condenou os abusos do ditador, dizendo apenas que “se” ele estiver errando, será punido pelo povo.
“Se o Daniel Ortega está errando, o povo da Nicarágua que puna o Daniel Ortega. Se o Maduro está errando, o povo que puna”, afirmou o ex-presidente.
Bolsonaro, por sua vez, reiterou as suas críticas ao petista: “É isso que nós queremos para o nosso Brasil? Colocar uma pessoa como essa, sem qualquer qualificação intelectual ou moral para administrar o nosso país? Ele quer voltar para a cena do crime e o povo não vai deixar isso acontecer”, afirmou o presidente. Veja também:
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