Proprietária da Rede Record, uma das maiores emissoras de televisão do Brasil, a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) têm travado, segundo analistas, uma verdadeira guerra com outras igrejas por uma presença cada vez maior nos meios de comunicação. Guerra essa que não se limita apenas à emissora de propriedade da igreja, mas também a uma maciça presença nas emissoras concorrentes.
Um dos movimentos mais recentes da IURD foi a aquisição dos horários de programação da Rede 21, que se destacou como um duro golpe à Igreja Mundial do Poder de Deus, liderada por Valdemiro Santiago, que é tida como uma adversária da IURD.
Segundo o jornalista Flávio Ricco, colunista do UOL, a expansão midiática da igreja expõe um “objetivo de se tornar uma espécie de Rede Globo das igrejas no país”, com um desejo cada vez maior de aumentar sua presença em diversos canais de TV.
De acordo com Ricco, “as programações da Record e Record News, na medida do necessário, serão sempre interrompidas para inserções religiosas” e, além disso, a igreja está buscando aumentar a sua participação na grade de programação da Rede TV!.
– Onde houver a possibilidade de compra de novos horários na concorrência, a ordem é avaliar e investir – afirma o jornalista.
Outra estratégia adotada pela cúpula da igreja, segundo Flávio Ricco, é a política da boa vizinhança, de maneira a se manter sempre um bom relacionamento com os executivos das redes que transmitem programações da IURD. Como exemplo dessa política, ele afirma que “todos [os executivos] serão convidados, com as honras devidas, para o evento de inauguração do Templo de Salomão, em São Paulo”.
– Política de boa vizinhança, com diferentes tipos de agrado, até para não ser surpreendida por igrejas rivais – ressalta o jornalista, que finaliza afirmando que o objetivo da Igreja Universal é “ser líder indiscutível e crescer cada dia mais. Custe o que custar”.
Por Dan Martins, para o Gospel+