A crise não está localizada num país, numa região, mas trata-se de fenômeno que questiona o tipo de civilização que a humanidade desenvolveu, declarou o bispo metodista emérito Federico Pagura, em encontro de igrejas protestantes históricas do país, reunidas na capital no sábado, 14 de março.
Pagura e a congressista indígena María Sumire, do Peru, integraram delegação internacional de observadores de igrejas que acompanhou o processo eleitoral em El Salvador.
Nesse tempo crítico da história, a humanidade passa por profunda inquietação social, derivada da crise financeira que se abateu sobre o mundo. Quando os cristãos lerem com seriedade os profetas, descobrirão o que Jesus quis dizer que não veio para abolir a lei, mas para que ela fosse cumprida, afirmou Pagura. A Igreja se dará conta, então, da enorme dívida que ela tem para com a humanidade, agregou.
“As igrejas devem ser instrumentos proféticos de Deus, e ser instrumento de Deus hoje significa que a profecia não pode tapar os olhos diante das realidades políticas, sociais e econômicas que afetam nossos povos”, frisou o líder ecumênico, representante do Conselho Mundial de Igrejas no evento.
E aconselhou: “Precisamos falar a verdade com clareza e firmeza, porque essa é a única maneira de recuperar o espaço que nos cabe como igrejas cristãs e como movimento ecumênico no momento atual. Devemos aprender a ler o evangelho à luz do que se passa no mundo”.
Fonte: ALC / Gospel+