Igrejas pentecostais de todo o mundo estão se organizando para discutir temas da sociedade que poderão influenciar a maneira como os cristãos vivem, pregam e se reúnem.
Uma primeira reunião com líderes de igrejas que representam mais de 90 milhões de membros aconteceu em Los Angeles, nos Estados Unidos. No encontro, que durou três dias, a discussão girou em torno de temas como o terrorismo, casamento gay, liberdade religiosa e harmonia racial – este último item, uma peculiaridade das igrejas norte-americanas.
Dentre os presentes haviam representantes de igrejas pentecostais bastante conhecidas, como a Quadrangular, representada por Glenn Burris; e a Assembleia de Deus, na figura de seu superintendente geral, George Wood, segundo informações do Charisma News.
O representante Quadrangular, George Wood, ressaltou a importância do encontro e da vontade de juntar forças: “Esta foi uma reunião histórica. Nós somos todos netos e netas do avivamento da Rua Azusa, e nestes dias, o Espírito Santo está nos atraindo a este testemunho comum, cumprindo a oração de Jesus: que o mundo nos conheça pelo nosso amor de uns pelos outros”, disse.
Para o assembleiano Burris, “há um forte sentimento de que as conversas entre nós pareceu muito com a igreja primitiva, que experimentou um acordo ‘dinâmico’. Um provérbio africano diz: ‘Se você quiser ir rápido, vá sozinho. Se você quer ir longe, vá junto’”, resumiu, ressaltando a importância de enfrentar os desafios que as mudanças sociais representarão para as igrejas.
Nos Estados Unidos há uma forte sensação de que em breve, muitas igrejas passarão a aceitar o casamento gay entre seus membros, e inclusive, há pastores que apoiam essa ideia publicamente, como no caso de Rob Bell. Igrejas tradicionais, como a Presbiteriana, estão a poucos passos de regulamentarem a união entre pessoas do mesmo sexo.
No entanto, essa ideia também é rebatida e considerada o princípio da queda da Igreja como corpo de Cristo: “Para mim, as denominações que fazem isso estão dando um passo para a queda da igreja nos Estados Unidos”, disse o pastor Woody Butler.