Na última terça-feira (02), o ex-traficante Francisco Paulo Testas Monteiro, o Tuchinha, foi assassinado na Mangueira, no Rio de Janeiro. O coordenador do Afro Reggae, José Junior, comentou o ocorrido atribuindo a responsabilidade do crime ao pastor Marcos Pereira e ao conhecido traficante Marcinho VP.
José Junior afirmou que já havia alertado sobre as ameaças feitas pelo pastor e disse, entre lágrimas, que tem em mãos os nomes dos homens que assassinaram Tuchinha e que já os entregou às autoridades.
– As denúncias que eu faço há dois anos de ameaças aos integrantes do Afro Reggae estão se concretizando. Há cerca de duas semanas eu participei como testemunha de acusação de audiência contra ele (pastor Marcos) e avisei ao juiz das ameaças. Eu e o Polegar, irmão do Tuchinha, chegamos a pedir para ele deixar a Mangueira. Ele disse que não deixaria o local. Trata-se de uma retaliação ao estado, à pacificação e ao Afro Reggae – afirmou Junior.
De acordo com o coordenador do Afro Reggae, após abandonar o crime, Tuchinha trabalhava como palestrante na ONG, focado na retirada de traficantes da vida do crime e teve como última conquista fazer de seu irmão, Polegar, “um homem de bem”.
O Afro Reggae publicou nota oficial sobre o assassinato, na qual afirma que “lamenta profundamente a morte de seu funcionário Francisco Testas Monteiro, o Tuchinha, assassinado hoje à tarde, onde ainda reside parte de sua família. Há três anos, depois de cumprir 21 anos de prisão, o ex-chefe do tráfico no morro trabalhava na ONG, integrando as equipes dos programas Segunda Chance e Comandos”.
Tuchinha foi baleado na tarde desta terça-feira na Mangueira, Zona Norte do Rio, por dois homens em uma moto. As informações da polícia são de que pelo menos cinco disparos foram feitos contra o ex-traficante.