A caçada ao serial killer Lázaro Barbosa vem acontecendo há uma semana entre Distrito Federal e Goiás, com ares de história de cinema. A esposa do criminoso negou prática de satanismo e afirmou que o marido pregava a Palavra.
Lázaro Barbosa é acusado de matar quatro pessoas de uma mesma família no DF, além de invasões de propriedade durante a fuga. No começo da caçada por parte da Polícia iniciada por conta desse crime, ele foi apelidado de “psicopata”.
Agora, sua mulher veio a público para dizer que teme que ele esteja morto ou que morra no confronto com a Polícia, e gostaria de tentar convencê-lo a se entregar, negando qualquer envolvimento dele com “rituais satânicos”.
“Se a gente tivesse a oportunidade de ir com a Polícia para o meio do mato para convencê-lo a se entregar. A gente não sabe o que aconteceu na mente e no coração dele. A ficha não caiu”, disse a mulher, que preferiu não se identificar.
De acordo com informações do portal Uol, Lázaro Barbosa fez uma família refém durante a fuga, mas a Polícia chegou a tempo de evitar que um casal e a filha fossem mortos. Ao todo, 200 policiais do DF e de Goiás se revezam na tentativa de captura do criminoso.
“Não acredito em nenhum ritual. Ele tinha uma fé em Deus muito grande, foi até pregador da Palavra no presídio. Eu só vou acreditar que ele se envolveu mesmo nisso quando ele for pego e falar”, acrescentou a esposa.
Ela tem um relacionamento com Lázaro há quatro anos e tem uma filha de 2 anos de idade com ele. O serial killer também tem um menino de 4 anos, filho de outro relacionamento. “É um bebê que quase todos os dias chama por ele. Isso me corta tanto. Ela é muito apegada. É a vida dele. Está todo mundo arrasado”, contou a mulher.
Ferido
A empreitada da Polícia para tentar capturar o serial killer vem sofrendo com o amplo conhecimento que Lázaro Barbosa tem do terreno.
O major Rio Branco, subchefe do centro de comunicação social da Polícia Militar do Distrito Federal, falou o procurado possui grande familiaridade com a região, e isso permite que ele escape repetidamente dos “cercos” feitos pelos policiais.
Nascido em agosto de 1988 em Barra do Mendes (BA), ele completará 33 anos em aproximadamente dois meses. Dono de uma extensa ficha criminal, ele já foi condenado anteriormente por homicídio, estupro e roubo com arma de fogo, além da acusação de atacar idosos com golpes de machado.
Depois de um tiroteio na última quinta-feira, 17 de junho, ele voltou a escapar de um cerco, e agora a Polícia desconfia que ele possa estar ferido: “Cão farejador achou pano ensanguentado, pode ser até um ferimento grave. Ele tentou acertar um dos cachorros, policiais visualizaram e revidaram. Ele entrou em uma vala e depois, provavelmente, na água, e os policiais perderam o rastro dele”, disse o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda.