Erik Laursen, fundador das Missões do Novo Pacto, uma organização que se dedica a promover ações de evangelismo em várias partes do mundo, contou a agência God Reports como um grupo de cristãos estão conseguindo sobreviver em uma das regiões mais isoladas e violentas do planeta, por amor ao evangelho de Jesus Cristo.
Erik viajou para uma região distante da Somália, na África, e lá conheceu um pastor cujo nome precisou ser omitido por razões de segurança, tendo em vista que onde vive impera a lei islâmica da “Sharia”, uma espécie de constituição religiosa muçulmana que serve para determinar a conduta dos cidadãos adeptos do islamismo, ou mesmo os que não professam essa fé, mas residem nas regiões onde a lei opera.
“Eu gostaria de poder compartilhar todas as histórias com você, mas há um risco muito grande, pois o povo somali está sob a lei Sharia, mesmo na Etiópia”, explica Erik.
O missionário contou que nessa viagem conheceu um pastor que tem como objetivo cuidar de uma igreja localizada em uma região considerada o centro comercial da África, e também uma das cidades mais sagradas do islamismo, com cerca de 30 mil habitantes.
“Quando começaram a fazer campanhas de evangelismo, eles iam cedo pela manhã, antes de as pessoas estarem sob efeito do khat ou beberem álcool”, disse Laursen, se referindo a uma erva consumida pelos locais que possui efeitos alucinógenos. O missionário relatou a rotina dos cristãos dessa igreja, como atuam e os riscos que sofrem por anunciar o evangelho:
“Certa manhã, eles foram presos pela polícia local e ficaram detidos por duas horas, mas não havia acusações que pudessem detê-los lá. Eles foram libertados depois que as autoridades perceberam que não queriam ferir ninguém”, contou.
Sendo a única igreja da região, Erik perguntou ao pastor qual era a visão dele para a comunidade, no que ele respondeu: “Temos muitos jovens adultos que estão prontos para ir (espalhar as Boas Novas), e estamos todos prontos para morrer por causa do Evangelho!”, disse o líder.
O missionário contou que apesar dos grandes riscos e da iminência de punição constante, a alegria dos cristãos locais é visível ao saber da liberdade espiritual que possuem em Cristo. Eles desafiam a morte, se preciso, em nome do evangelho, mas ao final se reúnem e compartilham momentos de louvor e adoração a Deus:
“Pela primeira vez na África, fui convidado a tirar meus sapatos enquanto entrava em uma pequena igreja da casa da Somália. Ouvimos música maravilhosa juntos, bebemos um café incrível, compartilhamos a Palavra de Deus e terminamos em oração pelo povo somali e nossa equipe”, finalizou Erik, feliz com a viagem.