A morte do ministro Teori Zavascki em um acidente aéreo no dia 19 de janeiro abriu uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), que deverá ser preenchida por alguém com amplo e notório saber jurídico. A indicação cabe ao presidente Michel Temer (PMDB), e a pessoa escolhida será submetida a uma sabatina no Senado, antes de ocupar a posição.
O jurista Ives Gandra Martins Filho, 57 anos, católico, vem recebendo apoio de lideranças cristãs em todo o país. Ele ocupa o cargo de ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) desde 1999 e atualmente preside o colegiado.
Os pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano (PSC-SP) manifestaram apoio ao jurista em publicações no Twitter. A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e os cardeais dom Odilo Scherer e dom Orani Tempesta também se posicionaram a favor da indicação de Ives Gandra.
Agora, segundo informações do jornalista Guilherme Amado, d’O Globo, outros dois líderes evangélicos se posicionaram a respeito do assunto, em apoio ao nome de Ives Gandra: “Robson Rodovalho, da Sara Nossa Terra, e Cláudio Geribelo, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, entregaram ao Palácio do Planalto cartas de apoio a Ives Gandra Filho para o STF”, informou Amado.
A manifestação de Rodovalho – que já foi deputado federal – e Geribelo é vista como relevante porque ambos representam dois nichos do meio evangélico: “Os dois presidem associações de igrejas evangélicas: Rodovalho é da Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil e Geribelo preside a Conferência Nacional das Igrejas Evangélicas do Brasil”, destacou o jornalista.
A indicação de Temer para a vaga no STF só será feita após a ministra Cármem Lúcia, atual presidente da Corte, definir quem, dentre os atuais ministros, ficará com a relatoria da Operação Lava-Jato.