Paula Kirsten Peyton, de 29 anos, que mora no estado do Tenesse, nos Estados Unidos, contou que sofreu um estupro coletivo em 2017. Ela detalhou como lutou para superar a dor dessa violência brutal, inclusive decidindo não abortar o bebê que foi gerado em decorrência disso.“Ele é minha maior bênção”, diz mãe sobre o filho que nasceu após ela ser estuprada.
“Não há como negar a existência de um trauma depois que dois homens apontaram a arma para mim e me estupraram de todas as formas imagináveis”, disse Paula à plataforma pró-vida Live Action.
“Não sabia porque Deus tinha salvado a minha vida. Minha alma simplesmente se apagou e vivi em um perpétuo estado de luto”, destacou.
Como qualquer pessoa que passa por uma tragédia, Paula disse que sempre perguntava a Deus o motivo de ter passado por uma das piores violências que podem ser cometidas contra uma mulher.
Inicialmente a sua sensação foi de desespero, abandono e desesperança. O trauma no estupro havia lhe deixado marcas não apenas físicas, mas também emocionais.
“Me senti desagradável, exausta, como se nunca pudesse voltar a estar completa, nunca voltaria a estar limpa, nunca experimentaria a alegria ou a sensação de ter um propósito novamente. E senti que não tinha razão para continuar vivendo”, contou.
Recusou abortar
Logo após o estupro, é comum que a maioria das mulheres façam uso da pílula do dia seguinte para evitar a gravidez. Na mente de Peyton, ela concluiu que não deveria utilizar qualquer método que pudesse abortar o nascimento de uma criança inocente.
Peyton passou por vários tratamentos médicos e psicológicos para ajudar a superar esse trauma, pois chorava todos os dias angustiada. Nesse período, resolveu fazer um teste de gravidez e o resultado foi positivo.
“Sorri. Sorri muito. Naquele momento, soube, sem dúvidas, que Deus havia me visto (…). Deus me deu a dor que eu sofri com um propósito. Isso me deu um motivo para viver. Me deu o maior presente de amor e alegria que eu jamais poderia imaginar: a oportunidade de ser mãe de um bebê perfeito”, disse ela.
Ela disse que foi bastante criticada pela forma como reagiu diante da notícia de que iria gerar um filho que foi resultado de um estupro. Até os membros da sua igreja lhe recomendaram o aborto.
“Me disseram diversas vezes que meu bebê era ‘malvado’, ‘uma semente de Satanás’, ‘uma memória permanente do estupro’, ‘nem mesmo uma pessoa’, ‘desagradável’, ‘um erro’, ‘a razão pela qual o aborto existe’, e continuavam e continuavam”, lembra a mãe.
“Essas foram as coisas mais amáveis que disseram. Não posso contar a quantidade de vezes que me disseram que não poderia amá-lo porque fui vítima de um estupro”, destacou.
Ama orar todos os dias
Apesar do grande desafio e contrariando a maioria das expectativas, Peyton manteve a sua gestação e educou o seu filho, que se chama Caleb, conforme a Palavra de Deus, segundo a ACI Digital.
Hoje com 2 anos de idade a criança é um orgulho para a mãe, pois representa uma mudança de perspectiva em todos os sentidos, revelando o quanto Deus pode agir com graça e misericórdia mesmo em um contexto tão traumático.
“Continuou sendo o menino mais alegre. Com dois anos e meio, adora abraçar e beijar. Pega flores silvestres no jardim para mim e me pede para desenhar para as pessoas, porque diz que quer fazê-las felizes. Ele ama os bebês e quer ser um médico super-herói quando crescer”, conta a mãe.