Se declarar cristão em vários países do planeta pode ser uma questão de vida ou morte, e nos últimos anos essa realidade tem se agravado, segundo informações da organização Portas Abertas, que monitora os índices de perseguição religiosa no mundo há décadas.
“A cada ano, a perseguição aos cristãos se intensifica no âmbito global. O número de cristãos com medo de ir à igreja ou que já não têm uma igreja aonde ir tem aumentado, bem como daqueles que têm de escolher entre permanecer fiel a Deus ou manter seus filhos seguros”, informa a organização.
Cerca de 11 cristãos morrem em decorrência da perseguição religiosa, diariamente, sendo a intolerância perpetrada em muitos casos pelo próprio governo dos países onde esses cristãos vivem, como na Coreia do Norte, controlada pela ideologia comunista do ditador Kim Jong-un.
Ocupando o 1° primeiro lugar na lista mundial de perseguição, a Coreia do Norte é o país que mais controla a população em todas as áreas, não apenas na vida social, mas íntima, querendo determinar os hábitos de vida da população.
“No país, direitos à liberdade de pensamento, religião, expressão e informação não são respeitados, e não há mudança para a igreja há anos: cristãos enfrentam níveis de pressão extremos em todas as áreas da vida, combinados com alto grau de violência”, diz a Portas Abertas.
Em segundo lugar vem o Afeganistão, depois Somália, Líbia, Paquistão, Sudão, Eritreia, Iêmen, Irã e Índia. Esses são os dez primeiros países da lista composta por 50 no total, incluindo o México (39° posição) e a Colômbia (47°) que, infelizmente, pertencem a América Latina.
No caso dos países latinos, a corrupção, o crime organizado envolvendo o narcotráfico e a implantação de regimes políticos socialistas são as grandes ameaças aos cristãos. E a razão disso é porque o cristianismo contraria toda forma de opressão, injustiça e totalitarismo, contrariando muitas vezes os interesses dos criminosos.
“Os cristãos tendem a estar entre os grupos vulneráveis que são perseguidos por se opor a práticas totalitaristas de governo e por demandar respeito pela democracia e pelo Estado de Direito, como já visto em países como Cuba, Venezuela e Nicarágua, onde as autoridades buscam manter o poder a todo custo, sacrificando valores tradicionais”, informa a Portas Abertas.