Aborto é um dos temas mais recorrentes na sociedade contemporânea e nas igrejas evangélicas o tema é tratado de forma, muitas vezes, simplista. Um dos líderes evangélicos brasileiros de postura contrária à prática do aborto é o pastor Silas Malafaia, que escreveu um artigo sobre o tema.
Segundo o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), “a vida humana começa na concepção”, portanto, aborto é semelhante a um assassinato.
“O embrião é um ser humano. Ele não poderia ser outra coisa, senão humano. Sua humanidade é inerente. Além disso, embora todo homem um dia vá morrer, ninguém, a não ser Deus, que o criou, pode determinar a hora em que isso deverá acontecer”, argumentou.
Comentando questões paralelas ao aborto, como as pesquisas científicas com células-tronco a partir de embriões, o pastor afirmou que “destruir um embrião para pesquisa científica ou qualquer outro fim é destruir uma vida”.
Malafaia ainda ressaltou que “muitos cientistas favoráveis à manipulação embrionária” omitem os riscos que a técnica pode oferecer: “A ciência não tem o domínio total dessa técnica. Sendo grande a possibilidade de falhas, pode ser introduzido na espécie humana um gene defeituoso, acarretando doenças e deficiências às gerações futuras. E esses danos, sem dúvida, superariam muito tudo o eles que dizem que a manipulação embrionária para pesquisas com células-tronco poderia favorecer”, ponderou.
Em tom generalista, Malafaia se manifesta favorável às pesquisas que não envolvem embriões: “Nós, evangélicos, somos a favor das pesquisas com células-tronco para fins terapêuticos, desde que não sejam células embrionárias, visto que as células-tronco podem ser tiradas do cordão umbilical, da medula óssea ou da corrente sanguínea, sem sacrificar uma vida humana”.
Leia a íntegra do artigo do pastor Silas Malafaia:
Como vimos na questão sobre o aborto, dizer que um zigoto ou um embrião ainda não é uma pessoa é completamente errado, porque a vida humana começa na concepção; o embrião é um ser humano. Ele não poderia ser outra coisa, senão humano. Sua humanidade é inerente. Além disso, embora todo homem um dia vá morrer, ninguém, a não ser Deus, que o criou, pode determinar a hora em que isso deverá acontecer.
Destruir um embrião para pesquisa científica ou qualquer outro fim é destruir uma vida! E a verdade que muitos cientistas favoráveis à manipulação embrionária escondem é que a ciência não tem o domínio total dessa técnica. Sendo grande a possibilidade de falhas, pode ser introduzido na espécie humana um gene defeituoso, acarretando doenças e deficiências às gerações futuras. E esses danos, sem dúvida, superariam muito tudo o eles que dizem que a manipulação embrionária para pesquisas com células-tronco poderia favorecer.
É bom esclarecer que a manipulação embrionária serve a interesses econômicos de poderosos e à vaidade de muitos cientistas que se aproveitam da ignorância da população e do clamor emocional das pessoas com deficiências para obter o direito de desenvolver essa técnica científica, bem como que muitos cientistas envolvidos com manipulação embrionária não estão preocupados com a questão terapêutica; estão interessados em clonagem humana. Aqui mora o perigo! É o homem brincando de ser deus. As consequências são sempre terríveis!
Nós, evangélicos, somos a favor das pesquisas com células-tronco para fins terapêuticos, desde que não sejam células embrionárias, visto que as células-tronco podem ser tiradas do cordão umbilical, da medula óssea ou da corrente sanguínea, sem sacrificar uma vida humana.
Sugestões de leitura: Êxodo 21:21-25; Salmos 22:10; 71.6; 139:15,16; Jó 31:15; Isaías 44:2,24; 49:1,5; Jeremias 1:5; Lucas 1:35,41; Gálatas 1:15.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+