O pastor Silas Malafaia comentou as insinuações feitas por ativistas gays – incluindo o deputado federal Jean Wyllys – e repercutidas pela imprensa brasileira sobre a tragédia de Orlando, Flórida (EUA), onde 50 pessoas perderam a vida nas mãos de um extremista muçulmano.
No ensejo da repercussão do atentado, comparou-se o extremismo islâmico à postura evangélica, o que foi prontamente rebatido por líderes cristãos, incluindo o pastor Marco Feliciano (PSC-SP).
Em um vídeo publicado em seu canal no YouTube, Malafaia classificou o episódio como “uma barbárie”, e destacou os depoimentos colhidos pela imprensa norte-americana, que dão conta de que o atirador Omar Mateen “era frequentador assíduo da boate gay, e segundo a sua ex-mulher [tinha] tendências homossexuais”.
O pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) questionou “a quem interessa denegrir os evangélicos aqui no Brasil?”, de forma retórica, e apontou parte da imprensa nacional como interessada.
“Usar uma barbárie para incitar ódio a um segmento da sociedade, que são os evangélicos, de mais de 50 milhões de pessoas que têm contribuído para o bem-estar da nação? Sabe quem são? Uma minoria de jornalistas esquerdopatas por ideologia. Porque esses jornalistas – essa minoria, não é toda a imprensa – querem nos denegrir porque nós somos uma muralha contra a libertinagem, a safadeza que eles pregam. Nós somos contra a liberação de drogas, nós somos contra a ideologia de gênero que erotiza crianças, nós somos contra casamento gay, nós somos contra aborto. Isso pertence à agenda da esquerda. E alguns jornalistas esquerdopatas querem nos denegrir utilizando a coisa mais horrorosa, um ato bárbaro daqueles – que é para ser reprovado por todos, porque não depende de religião; não depende se é hetero ou homo -, e os caras querem usar isso para nos denegrir?”, criticou.
Malafaia rebateu as insinuações de que os evangélicos são extremistas em potencial que estariam à beira de adotar posturas semelhantes às dos radicais islâmicos: “Eu faço uma pergunta à sociedade: em que lugar do mundo tem uma milícia cristã que comete assassinatos? Qual é o exército gospel que manda matar pessoas que são contra nossos princípios? O modelo do ocidente é o modelo judaico-cristão. Direitos humanos, direito à vida, é aqui. No ocidente, o indivíduo é livre para ser gay, e nem nós estamos aqui para impedir porque nem Deus impede. Mas isso não significa que nós não possamos criticar. Seja um comportamento sexual ou seja um comportamento religioso. Que papo é esse, que por você fazer crítica a um comportamento você está gerando homofobia? Opinião não é homofobia. E opinião não é crime. Homofobia é matar. Dizer que nós, pela nossa postura, de denunciar que homossexualismo é pecado, estamos promovendo a violência contra eles? Então, vocês também têm que ter coragem, deixar de ser covardes. Digam que as televisões que exibem milhares de filmes violentos, de imoralidade, até de estupro, contribuem para isso. Porque vocês não dizem?”, questionou.
Malafaia usou a realidade nos países do Oriente Médio e as doutrinas extremas pregadas pelo islamismo – e que são consenso entre muçulmanos moderados e radicais – de proibição à prática homossexual e outras questões ligadas ao ocidente, para confrontar as ideias defendidas pela parcela esquerdista da imprensa.
“Tenho que ser honesto. Na hora de criticar, eu critico. O jornal O Globo fez uma reportagem corajosa e isenta sobre o que as nações islâmicas e o talibã fazem com os homossexuais. Quando é que nós promovemos a morte de alguém? Pelo contrário, senhores. Ano passado, mais de 115 mil cristãos foram assassinados e esses jornalistas esquerdopatas [ficaram] de boquinha calada. Nunca falaram nada. Até charge para nos denegrir [fizeram]… [também não falam sobre] o movimento gay, quando é contra os evangélicos, ou católicos… Até em frente à igreja católica [os ativistas gays] colocaram crucifixo no ânus. Mulheres colocaram imagens de santos da Igreja Católica na vagina, e ninguém fala nada. Manda eles fazerem isso em frente uma mesquita. Porque fazem conosco? Porque sabem que nós vamos tolerar”, pontuou.
“Nós não estamos aqui para promover morte de ninguém. É a coisa mais nojenta incitar o ódio contra uma comunidade pacífica, que são os evangélicos no Brasil, que têm contribuído para o bem-estar dessa nação. O jogo é ideológico e político. Estão com medo do nosso crescimento. Mas quero dizer que vocês não vão nos parar, não. E eu não vou me calar. Eu não estou aqui culpando a imprensa de maneira geral. Eu estou dizendo bem claro, de maneira pontual: uma minoria de jornalistas e colunistas ideologicamente de esquerda, querem nos denegrir. Cambada de bandidos inescrupulosos. Vocês não merecem ser jornalistas, porque vocês são parciais”, acrescentou.
Por fim, expôs um fato que a imprensa – como um todo – costumeiramente omite: “Agora eu vou dizer uma verdade. Sabe esses crimes de homofobia? A metade deles acontecem por briga de amor entre eles. E é colocado como se fosse homofóbico […] Lembra do cara de Goiás, que foi assassinado, que a imprensa falou que era homofobia? Foi o parceiro. Lembra do rapaz em São Paulo? Disseram que jogaram ele do viaduto. Ele que se matou. E nós não estamos aqui para tripudiar sobre isso não”.
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