O pastor Marco Feliciano (PSC-SP), reeleito ao mandato de deputado federal com quase 400 mil votos, concedeu uma entrevista e comentou episódios da campanha eleitoral, além de falar de suas expectativas para o segundo turno e para a próxima legislatura.
Feliciano defendeu o candidato Levy Fidelix (PRTB), que durante um debate, afirmou que “dois iguais não fazem filho” e “aparelho excretor não reproduz”. Para o pastor, houve intolerância dos que não concordaram com a opinião do presidenciável.
“Sou contra qualquer tipo de pessoa que tenha preconceito com outro por causa da cor da sua pele, da sua religião, da sua orientação sexual. Mas veja o Levy Fidelix. Ele falou o que ele pensa, não cometeu crime nenhum, falou o que ele pensa, mas veio a OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] e o movimento LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros] e disse que ele tinha que sair algemado só porque ele expressou uma opinião”, disse Feliciano ao G1.
O parlamentar comentou a reeleição com mais de 1 milhão de votos do palhaço Tiririca, que durante a campanha, zombou da classe política. Para Marco Feliciano, o colega é “bem limitado”, apesar de ser assíduo às sessões da Câmara dos Deputados.
“Tiririca é um grande amigo nosso lá em Brasília. Ele é o homem que onde chega traz alegria para nós […] É difícil dizer, eu não gosto de falar dos meus amigos, né? Mas é só olhar o trabalho. Tiririca é o deputado que mais frequenta Brasília, mas veja a atuação dele, os discursos e ele defendendo os projetos, ele é bem limitado, né? O [Celso] Russomano (PRB) é mais preparado”, comentou, comparando com candidato a deputado eleito campeão de votos no Brasil.
Para 2015, o pastor afirmou que continuará trabalhando contra os cerca de “900 projetos que ferem a liberdade de expressão e a família tradicional”, e destacou que uma característica comum a todos é que “[os projetos] tentam rotular o cristianismo como se fosse uma praga ou uma maldição”.
“Precisamos de uma estratégia para ver como vai ser [o debate]. Esse crime contra a homofobia é tão genérico que você não consegue entender o que é homofobia”, opinou o pastor.
Sobre o segundo turno, Feliciano afirmou que “precisamos tirar o PT do poder”, e por isso apoiará Aécio Neves. O pastor admitiu que fez uma campanha “humilde” pela reeleição, e que contou com o apoio do partido de Aécio: “Recebi R$ 80 mil do meu partido e a ajuda do PSDB para confeccionar os santinhos”, afirmou.