A ex-senadora Marina Silva (PSB), terceira colocada nas eleições presidenciais deste ano, deverá anunciar seu apoio à candidatura de Aécio Neves (PSDB) contra Dilma Rousseff (PT) na próxima quinta-feira (09).
Para anunciar sua posição pessoal, Marina está aguardando a definição do partido que a abrigou nestas eleições, o PSB, porém já deixou claro que se não houver consenso entre os líderes da sigla, ela anunciará seu apoio individual.
Para que Aécio conquistasse o apoio de Marina, a ex-senadora cobrou do candidato que ele assumisse um compromisso com a realização da reforma política, com o fim da reeleição, a educação em tempo integral e a sustentabilidade. Todos estes itens estão entre as diretrizes que Aécio listou em um documento publicado no começo da campanha eleitoral.
“A avaliação é que não dá para ter mais quatro anos desse governo. Isso é ponto pacífico. O nosso compromisso é com o movimento de mudança”, disse João Paulo Capobianco, um dos assessores de Marina.
A consolidação da aliança está sendo arquitetada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que durante a campanha no primeiro turno, já dava declarações dizendo que entre Marina e Aécio deveria existir uma parceria no segundo turno contra o PT, independentemente de quem fosse promovido ao segundo turno.
O cenário estabelecido no primeiro turno, com o “marketing selvagem” da campanha de Dilma Rousseff contra Marina, estabeleceu uma posição prévia: a ex-senadora não apoiaria a candidatura petista em hipótese alguma. No último domingo, após a definição de que estava fora do segundo turno, Marina discursou em São Paulo e afirmou que estava comprometida com a “mudança”.
A família do falecido Eduardo Campos, falecido no último dia 13 de agosto, deverá anunciar seu apoio a Aécio Neves. O irmão do ex-governador, Antônio Campos, afirmou que seu voto pessoal será dado ao tucano. A viúva e os filhos de Eduardo ainda não se pronunciaram a respeito.