As pesquisas mais recentes realizadas sobre a corrida eleitoral mostram que a campanha de Marina Silva (PSB) atravessa um momento de turbulência por causa dos últimos índices que mostram a ex-senadora estagnada ou em queda nas intenções de voto.
De acordo com analistas políticos, os pontos percentuais perdidos por Marina Silva estão justamente aparecendo na campanha do ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB).
De acordo com informações da Rede Brasil Atual, a estratégia de Marina para reagir ao momento de queda nas pesquisas é usar a imagem de tucanos que se aliaram ao PSB para resgatar o interesse de seus eleitores.
Em São Paulo, o falecido Eduardo Campos havia traçado uma parceria com o PSDB em apoio ao governador Geraldo Alckmin, candidato à reeleição com o deputado federal Márcio França como vice. Num primeiro momento, após ser definida como sucessora de Campos, Marina se recusou a aliar sua imagem à de Alckmin, e designou seu candidato a vice, Beto Albuquerque, para honrar o compromisso assumido com o PSDB.
Agora, reconhecendo a solidez da candidatura de Alckmin ao governo de São Paulo – que lidera a disputa com 49% de intenções de voto e deverá ser reeleito no primeiro turno –, e precisando conter a perda de eleitores, Marina já autoriza a veiculação de materiais de campanha que apresentam seu nome ao lado do governador.
Marina e Geraldo Alckmin nunca tiveram nenhum atrito diretamente, e as alianças políticas construídas nos âmbitos estaduais os aproximaram neste ano. O partido que abrigou a candidatura de Marina após a inviabilização da Rede Sustentabilidade é aliado de Alckmin em São Paulo, assim como o PPS, que também integra a coligação da ex-senadora no âmbito federal.
Sobre a Rede Sustentabilidade, a candidata ao Palácio do Planalto desistiu de formar o partido ainda este ano, como forma de demonstrar gratidão e respeito ao PSB por abrigar sua candidatura.