A psicóloga Marisa Lobo, ativista pró-vida e pró-família, foi condenada pelo 11º Juizado Cível Especial de Curitiba (PR) a indenizar membros do Conselho Regional de Psicologia (CRP) do estado que haviam participado do julgamento do processo de cassação de seu registro profissional.
Marisa Lobo havia sido intimidada a parar de fazer referências à sua fé nas redes sociais, mas não se dobrou à imposição do CRP-PR e um processo de cassação de seu registro foi aberto, com o julgamento, em maio de 2014, sendo desfavorável a ela.
A decisão do CRP acusava a psicóloga de “apoiar a cura gay” e “promover proselitismo religioso”, o que seria contra o estatuto da entidade. Marisa recorreu ao Conselho Federal de Psicologia (CFP) e teve a cassação de seu registro anulada.
Durante o período de apelação, dentre inúmeras entrevistas, Marisa Lobo afirmou em participação no programa Vejam Só, da RIT TV, em fevereiro de 2014, que o julgamento estaria “armado”. Os seis integrantes do CRP-PR que participaram do julgamento moveram um processo contra a psicóloga, pedindo indenização por danos morais, segundo informações do jornal Gazeta do Povo.
Em sua defesa, Marisa disse que não teve a intenção de ofender pessoalmente os colegas de profissão, já que não teve contato pessoal com eles. “Eu nunca os vi, não sabia o nome deles, não sabia quem eram os conselheiros do meu julgamento, pois eu não estava presente no mesmo. Eu também nunca citei o nome deles, mas o juiz aqui de Curitiba entendeu dessa forma”, afirmou.
O juiz Gaspar Luiz Mattos de Araújo Filho sentenciou Marisa Lobo a pagar R$ 5 mil a cada um dos integrantes do CRP-PR que participaram de seu julgamento, totalizando em R$ 30 mil o valor total.
A decisão, em primeira instância, é passível de recurso, e a psicóloga acredita que poderá ter seus argumentos melhor apreciados: “Eu apelei, é claro. Estou aguardando decisão do juiz. Me sinto injustiçada, mas estamos vivendo este momento, no qual eu posso ser humilhada, por revistas, jornais, pessoas, mas se eu abrir minha boca para me defender, sou punida”.
Se necessário, Marisa afirmou que pretende ir à última instância: “Ainda tem o Supremo [Tribunal Federal], e é lá que pretendo chegar. Deus há de me dar graça, fé e condições para corrigir esta injustiça. Eu falei do CRP e não dos conselheiros. Quem for contra a ditadura entenda o que está acontecendo comigo. Eu não ofendi nenhuma pessoa”.
Assista a entrevista de Marisa Lobo ao programa Vejam Só, da RIT TV, que resultou em sua condenação: