Recentemente ocorreu na América do Norte um congresso do Departamento de Estado dos EUA para o Avanço da Liberdade Religiosa, onde vários representantes estiveram presentes para testemunhar sobre episódios de perseguição aos cristãos em várias partes do mundo. Um deles foi o Rev. Majed El Shafie, um ex-muçulmano que agora é pastor evangélico.
Shafie se converteu aos 18 anos, no Egito, em 1996. Dois anos após sua conversão ele já havia evangelizado mais de 20.000 pessoas. Sua influência como evangélico era tão grande, diante da convicção do que Deus havia feito em sua vida, que logo ele chamou atenção das autoridades islâmicas, o que acarretou na sua prisão em 15 de agosto de 1998.
Detido na prisão de Abu Zabal, no Cairo por sete dias, o pastor Shafie disse que sofreu várias torturas para que negasse o evangelho, incluindo a psicológica e emocional. Até um carro e uma mulher lhe foram oferecidos, mesmo assim ele negou todas as ofertas em nome da sua fé em Cristo.
“Eles começaram raspando meu cabelo, colocando minha cabeça em baldes de água fria e quente, me pendurando de cabeça para baixo. No terceiro dia, eles soltaram cães para me atacar, mas os cães não atacaram. Depois disso, eles me crucificaram por dois dias e meio”, disse ele, segundo o Christian Post.
Às mãos de Shafie não foram perfuradas, mas sim amarradas. Depois disso, ainda utilizaram outro método de tortura na tentativa de lhe fazer negar a fé cristã.
“Fizeram um corte na parte de trás do meu ombro esquerdo e esfregaram sal na minha ferida aberta. Eu quase morri. Fiquei no hospital da polícia por três meses. Eles não queriam que eu morresse imediatamente, porque isso me torturaram. Eles queriam destruir minha reputação”.
Apesar disso, Shafie conseguiu escapar da prisão, fugindo para Israel e depois encontrando asilo no Canadá, onde com o passar dos anos fundou a organização One Free World International. Atualmente o pastor lidera um ministério com 24 mil membros e até hoje ele repete o testemunho que deu quando esteve na prisão.
“Minha declaração foi: ‘Se amar e adorar a Cristo é um crime, eu sou culpado'”, conclui.