O governo federal vem trabalhando na elaboração da Base Nacional Comum Curricular, conhecida pela sigla BNCC, e os parlamentares cristãos se reuniram com uma representante do Ministério da Educação (MEC) para assegurar que a ideologia de gênero não fará parte do conteúdo escolar brasileiro.
O deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) usou sua página no Facebook para informar que a reunião realizada na última terça-feira, 14 de março, com a secretária-executiva do MEC, Maria Helena de Castro, tratou desse assunto.
Sóstenes e outros deputados cristãos, integrantes das bancadas evangélica e católica, receberam garantias da secretária Maria Helena que o governo federal não pretende incluir a ideologia de gênero no conteúdo da BNCC.
O procurador da República Guilherme Schelb – conhecido por sua fiscalização sobre a questão da ideologia de gênero – também participou da reunião, assim como o deputado federal João Campos (PRB-GO), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, entre outros.
“Fomos em busca de esclarecimentos, sabemos que ativistas tem lutado para incluir esse tema nas escolas, querem doutrinar nossas crianças e deixá-las expostas a conteúdos inadequados”, afirmou Sóstenes. “Maria Helena de Castro nos garantiu que no currículo não entrará ideologia de gênero”, acrescentou.
Segundo o cronograma do MEC, a BNCC será lançada no próximo mês, e se não existirem contratempos, a data escolhida foi o dia 06.
A ideologia de gênero é um dos temas mais polêmicos da agenda “progressista”, abraçada pelos ativistas de minorias, e combatida pelos setores conservadores da sociedade.
Recentemente, o jornalista Alexandre Garcia, um dos mais respeitados e contundentes do país, marcou posição no assunto baseado em um parecer de pesquisadores norte-americanos, criticando a ideologia de gênero.
“Todos nascem com sexo biológico. Como no reino animal, na classe dos vertebrados, mamíferos, na ordem dos primatas, na família dos hominídeos e aqueles do gênero humano (é isso o que diz a biologia), nascemos machos e fêmeas. É um fato biológico. Não é a ideologia que marca o nosso sexo”, criticou.