A perseguição religiosa aos cristãos tem assumido cada vez mais um formato diferente, se comparada aos casos presentes em países como China, Coreia do Norte, Irã e outros. Em Michigan (EUA), por exemplo, uma médica cristã foi demitida simplesmente por se recusar a colaborar com uma “cirurgia transgênero”.
A médica Valerie Kloosterman, por exemplo, atuava como assistente no sistema de saúde da Universidade de Michigan em 2021, quando se deparou com uma situação controversa. Ela foi solicitada para dar encaminhamento a uma cirurgia transgênero, também chamada popularmente de “mudança de sexo”.
Segundo o First Liberty Institute, o escritório de advocacia que defende a médica, quando ela foi perguntada se usaria “pronomes baseados em identidade de gênero e estaria disposta a encaminhar pacientes para cirurgia de redesignação de gênero”, a sua resposta foi não.
Valerie, porém, disse que chamaria as pessoas apelas pelo nome oficial delas, em vez de usar o pronome de acordo com o gênero. A médica explicou que assumiu essa posição por ter convicções científicas independentes, mas também por seguir princípios de acordo com a sua fé.
O diretor do Departamento de Diversidade, Equidade e Inclusão do hospital, contudo, não aceitou os argumentos da médica cristã, ficando visivelmente furioso, segundo a profissional de saúde.
“[Ele] ficou hostil, visivelmente irritado com os punhos cerrados e um comportamento corado, e atacou suas crenças religiosas. [Ele] disse à Sra. Valerie que ela não poderia usar a Bíblia ou suas crenças religiosas para trabalhar com ela, literal ou figurativamente; que, dadas suas crenças religiosas contra pronomes baseados em identidade de gênero e ‘cirurgia de mudança de gênero’, ela era a culpada pelos suicídios de transgêneros; e que ela era ‘má’ e abusava de seu poder como prestadora de cuidados de saúde”, diz o escritório de advocacia.
Pouco tempo depois, a médica cristã foi demitida do hospital. Os seus advogados agora lutam na Justiça para tentar lhe reaver o emprego. Eles argumentam que nenhum profissional deve ser obrigado a realizar procedimentos que contrariam a sua consciência e fé.