Mais uma grande congregação rejeita a influência do liberalismo teológico e inicia discussões internas para abandonar a Igreja Metodista Unida (UMC), que é a segunda maior denominação nos Estados Unidos.
A maior congregação da Igreja Metodista Unida no estado da Carolina do Sul está considerando seriamente um afastamento da denominação protestante devido aos debates em andamento sobre a aceitação da homossexualidade na doutrina.
A Igreja Metodista Unida Monte Horebe de Lexington, que tem mais de 5 mil membros, iniciou um período de discussão no início desta semana para considerar a possibilidade de deixar a denominação.
“Estamos gratos por um plano, caminho e preço ter sido fornecido para as igrejas tradicionais considerarem a separação da denominação”, disse o Rev. Jeff Kersey, pastor sênior da igreja.
A Igreja Metodista Unida Monte Horebe é ligada à convenção estadual da denominação, de acordo com informações do portal The Christian Post, que confirmou com um representante dessa entidade que a congregação em questão é “maior igreja local” no estado.
Até o momento, disse o representante, “nenhuma [outra] igreja local na Conferência da Carolina do Sul votou para se separar da Igreja Metodista Unida”, apesar da debandada registrada em outros estados dos EUA.
Toda a polêmica gira em torno dos debates internos na UMC para sua posição doutrinária oficial, que se opõe à união entre pessoas do mesmo sexo e também à ordenação de homossexuais ao ministério pastoral.
Setores da denominação vêm ignorando a doutrina tradicional – reiterada em votação realizada em 2019 – e ordenando homossexuais ao pastorado, e também realizando celebrações de uniões LGBT nos templos. Ao mesmo tempo, a realização de uma convenção geral para dar um desfecho definitivo ao tema vem sendo adiada, o que irritou as congregações e lideranças conservadoras.
Em resposta, centenas de igrejas têm anunciado a desfiliação da UMC, com a maioria planejando se juntar à recém-criada Igreja Metodista Global, que permanece fiel à doutrina cristã sobre sexualidade. Ao todo, estima-se que 1.300 congregações tenham se desligado da denominação até o momento.