Uma jovem chamada Sarah vem passando pelos piores anos da sua vida, algo que para nós é até difícil mensurar o tamanho da sua dor. Sequestrada por um grupo de radicais muçulmanos quando ainda tinha 14 anos de idade, ela ficou em poder deles por 12 anos, sendo estuprada várias vezes, até ter obrigada a se casar com um dos agressores.
Você pode imaginar que o final dessa história é feliz, mas infelizmente não é. cerca de 12 anos atrás a então adolescente Sarah foi sequestrada quando estava em um estacionamento da Tesco nos subúrbios ingleses, no Reino Unido.
Sua história veio à tona no Reino Unido através da baronesa da Casa dos Lordes, Caroline Cox, que decidiu assumir e denunciar o caso como um dos piores absurdos sexuais do país. “Eu conheço Sarah e sua família”, explica a baronesa Cox, segundo o jornal Daily Mail.
“Toda a situação das condições sexuais é terrível. Mas a duração e a crueldade de seu sequestro fazem com que seja o pior que eu conheço”, acrescentou a baronesa.
A mãe da garota disse que a família foi intimidada pelas autoridades a ficar em silêncio. Provavelmente, havia interesses políticos ou religiosos envolvendo o caso, para surpresa de todos, em pleno Reino Unido.
Sarah conseguiu escapar do cativeiro apenas no ano passado, já com 26 anos. “Desde que eu era adolescente, eu não conhecia nada além da vida sob o controle da gangue”, disse ela em uma entrevista, concedida secretamente em um local conhecido apenas pela polícia.
Síndrome de Estocolmo
A jovem explicou que com o passar dos anos foi desenvolvendo uma desordem afetiva conhecida como “Síndrome de Estocolmo”, que é quando a vítima do agressor se “apega” a ele, de modo que não consegue se enxergar mais livre da relação.
“Senti que não conseguia respirar sem ele”, disse Sarah, referindo-se a Jerry, um dos sequestradores. “Minha mente estava sendo torcida. Eu dependia dele para comida, para roupas, para um teto sobre minha cabeça. Ele disse que minha família seria morta se eu tentasse dizer a eles onde eu estava ou o que estava acontecendo comigo”.
Com o passar dos anos, Jerry tratou de oficializar um casamento com Sarah perante a comunidade islâmica local. “Eu não fui a nenhuma cerimônia, mas ele me mostrou a certidão de casamento islâmico assinada por um imã na mesquita local”, diz ela, explicando que isso foi uma estratégia de álibi, caso ela fosse encontrada.
“Esse casamento foi para fazer a polícia acreditar que eu era uma esposa disposta se algum dia me encontrassem”, disse ela. Sarah era dopada constantemente com 20 mg de Valium toda manhã, e estuprada constantemente. Ela precisou fazer 8 abortos.
Finalmente, Sarah conseguiu escapar da gangue e de Jerry, mas não conseguiu fazer que o grupo fosse preso. Eles ainda permanecem soltos. Ela está sob proteção do grupo cristão Christian Legal Centre e da baronesa, mas ainda vive sob ameaça constante, enquanto as autoridades tentam reunir provas suficientes para prender os criminosos.