Em muitos casos, os riscos de ser um missionário cristão envolvem a segurança da própria família. Por conta disso, alguns servos de Deus que trabalham evangelizando evitam divulgar informações familiares e até mesmo viver junto aos parentes quando estão em missão.
Esse foi o caso da pequena Lorena, que com apenas 10 anos de idade precisou ser afastada do seu pai, um missionário que atuava nas zonas rurais do Norte e Leste da Colômbia.
O tráfico de drogas na Colômbia domina algumas regiões, proibindo a pregação do evangelho. Consequentemente, missionários como Jasar, o pai de Lorena, foi duramente perseguido e ameaçado diversas vezes.
Certa vez Lorena foi sequestrada, quando já tinha 10 anos. Ela ficou em poder dos criminosos por um dia, até ser resgatada pela polícia local. Com medo de novas ameaças, o missionário Jasar resolveu deixar sua filha no abrigo infantil da organização Portas Abertas na Colômbia.
Lorena, contudo, não sabia o motivo do afastamento e pensou que estava sendo abandonada por seu pai. “Eu só sabia que estava sendo separada da minha família e aquilo me machucava”, lembra ela.
Os líderes que cuidavam do abrigo também não podiam revelar muitas informações para Lorena, porque isso poderia comprometer a sua segurança, mas ela terminou descobrindo por acaso o que o seu pai realmente fazia.
“Uma tarde estava fazendo minhas tarefas e, de repente, vi um panfleto. Quando abri, tinha a história do meu pai”, disse ela ao Portas Abertas. “Naquele momento eu realmente descobri quem meu pai era e pude entender que ele sempre me amou”.
Após algum tempo, Jasar foi convidado para testemunhar sua vida missionária na Europa e Lorena, finalmente, pode reencontrá-lo e ficar com ele. “Foi surpreendente ouvir da boca do meu pai sobre suas experiências e seu amor por Jesus”, ressaltou a jovem, que atualmente cursa o ensino médio e sonha um dia ser missionária, como o seu pai.
“Isso me permitiu conhecer mais de Deus e me fez entender meu próprio chamado para servir a Cristo”, conclui.