Um adolescente que decidiu que deveria fazer a chamada “transição de gênero” para uma aparência feminina se arrependeu da escolha e agora vai precisar se submeter a uma cirurgia para remoção do excesso de tecido mamário.
O jovem Patrick Mitchell tinha apenas 12 anos quando “implorou” à sua mãe para se submeter à “transição de gênero”, tomando hormônios femininos que ajudariam a moldar seu corpo conforme a identidade que ele tinha adotado. Agora, dois anos depois, sentiu que essa não era a escolha certa, e vai precisar de procedimentos cirúrgicos.
Patrick é australiano e foi diagnosticado com disforia de gênero, um transtorno que gera confusão mental em relação ao sexo biológico. Em entrevista ao programa 60 Minutes, o jovem disse que quando pediu para tomar os hormônios, tinha a clara impressão que desejava ser uma menina: “Você deseja mudar tudo sobre você, você vê qualquer garota e diz que seria capaz de matar para ficar daquele jeito”, afirmou.
A mãe de Patrick ouviu profissionais da área e atendeu o pedido do filho, autorizando o processo de transição à base de hormônios. Logo o adolescente deixou o cabelo crescer e, com o efeito do estrogênio, cresceram seios.
Agora, no início de 2017, os professores da escola começaram a se referir a ele como uma menina, e foi justamente isso o que despertou o arrependimento no adolescente. “Comecei a perceber que eu poderia ser feliz sem mudar quem eu sou”, afirmou.
Ele procurou sua mãe e contou que estava arrependido e que tinha vontade de reverter o processo de transição para voltar a ser um menino. “Ele me olhou nos olhos e disse: ‘Não tenho certeza de que eu sou uma menina”, explicou a mãe, que já interrompeu o tratamento hormonal e agendou a cirurgia de remoção das mamas.
Considerado um distúrbio raro pela medicina, a disforia de gênero tem sido diagnosticada com maior frequência, e a recomendação dos médicos para tratamentos hormonais tem sido feita de forma precipitada, segundo a psicóloga Marisa Lobo, por conta da influência da ideologia de gênero.
“Como profissional devo alertar. O conflito de gosto pessoal e de identidade na infância e adolescência não pode ser promovido e entendido como disforia de gênero. A análise é demorada e complexa. Uma criança não pode ser condenada por um adulto a uma sentença que pode prejudicá-la pelo resto da vida. Essas questões devem ser conduzidas com muito cuidado e responsabilidade. Infelizmente não é o que tem acontecido. Por ativismo ideológico político estamos criando crianças trans. Isso é gravíssimo”, alertou, em entrevista ao portal Guia-me.