Jean Wyllys (PSOL-RJ), deputado federal e ativista gay, sofreu uma derrota na última sexta-feira, 23 de janeiro, ao ter sua representação criminal contra um pastor ex-homossexual que ministra palestras com seu testemunho de abandono da prática.
O Ministério Público Federal (MPF) decidiu arquivar a denúncia feita por Jean Wyllys contra o pastor e escritor Claudemiro Ferreira, após colher seu depoimento e chegar à conclusão de que os relatos de vida e de fé apresentados em suas palestras não transgridem nenhuma lei em vigência no país.
Ferreira foi abordado na última quinta-feira, 22 de janeiro, por oficiais do Ministério Público, durante uma palestra que ele ministrava ao lado do teólogo Airton Williams no Distrito Federal. O evento fazia parte da divulgação do livro “Homossexualismo: ajudando, biblicamente, a prevenir e tratar aqueles que desejam voltar ao padrão de Deus para sua sexualidade”, escrito por Ferreira.
A abordagem foi feita após Jean Wyllys denunciar o evento ao MP como uma reunião onde os palestrantes estariam promovendo a “cura gay”. Ao mesmo tempo em que fez a denúncia, o parlamentar publicou uma crítica ao evento em sua página no Facebook.
A informação de que o processo foi arquivado foi revelada pela assessora parlamentar concursada Damares Alves, que é advogada e pastora. “Celebrem! Acabou agora a audiência no Ministério Público. O promotor de Justiça decidiu pelo arquivamento da denúncia. Claudemiro Ferreira não estava cometendo crime algum. Que viva a liberdade religiosa!”, escreveu a pastora em sua página no Facebook.
Posteriormente, Damares criticou a postura do parlamentar e ativista gay: “O Deputado Jean Willys assume a autoria da denuncia no MPDF contra o Claudemiro Ferreira e agora quer também que a Secretaria Nacional de Direitos Humanos e o Ministério da Saúde faça alguma coisa também contra o Claudemiro. Será que o ilustre deputado também não quer acionar a Policia Federal, a Marinha, o Exercito a Aeronáutica contra o Claudemiro Ferreira? Será que não quer chamar FBI a Interpol, a SWAT? Tanta coisa para um parlamentar fazer no Brasil e ele preocupado com um curso que tinha apenas 25 pastores presentes querendo tão somente aprender sobre como acolher e lidar com os milhares de homossexuais que tristes e deprimidos procuram nossas igrejas. E o nobre parlamentar ainda esqueceu de dizer que o MPDF arquivou a denuncia”, concluiu.