O pastor Marcos Pereira e o traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, foram denunciados à Justiça pela Promotoria de Investigação Penal do Ministério Público do Rio de Janeiro por associação ao tráfico de drogas.
O documento, assinado pelo promotor Alexandre Murilo Graça, pede a prisão dos acusados, e diz que a associação de ambos teria sido feita com o objetivo de, através da igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD) – fundada por Marcos Pereira – ampliar a prática do tráfico de drogas.
Segundo o texto, no início Marcos Pereira agia como um simples “pombo-correio”, fazendo a comunicação entre chefes do tráfico detidos e seus substitutos nas comunidades. A recompensa do pastor seria uma ajuda dos mesmos traficantes para que ele ganhasse fama. Uma das estratégias para dar fama ao pastor seriam as conhecidas “ações de resgate”, protagonizadas por Marcos Pereira e que chegaram a ser tema de reportagem do Fantástico, da TV Globo.
Segundo o MP, nessas ações os traficantes encenavam um julgamento e condenação à morte de pessoas das comunidades, e o pastor Marcos Pereira chegava ao local e intervinha antes que as supostas vítimas fossem assasinadas.
Retaliação
Os recentes ataques às unidades do AfroReggae foram mencionados pelo MP na denúncia, e classificam o incêndio e as ameaças como retaliação da organização criminosa contra José Junior, coordenador da ONG e delator do pastor Marcos Pereira.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+