O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, surpreendeu a quem pensava que o funcionamento das igrejas durante a pandemia do novo coronavírus seria algo combatido pelo Governo Federal. Em vez disso, ele incentivou que os líderes religiosos pudessem agir em favor da população.
“Fé é um elemento de melhora da alma, do espírito. Pastores, padres, preguem pela televisão, preguem pela internet, as pessoas precisam. Façam suporte telefônico”, afirmou o ministro.
Contudo, Mandetta explicou que apesar de não ser necessário que igrejas fechem, é necessário que os líderes e a própria congregação entendam a importância de não realizar atividades com aglomerações no atual momento, visto que o curso da pandemia ainda está sendo avaliado pelas autoridades de saúde.
“Oração é bom. Me perguntaram outro dia se as igrejas devem estar abertas ou fechadas. Que fiquem abertas, só não se aglomerem. Mas rezem, orem”, destacou Mandetta, para alegria de pastores como Silas Malafaia, que precisou lutar na Justiça para impedir que os templos da Assembleia de Deus Vitória em Cristo não fossem fechados.
Sobre a possibilidade de que os cultos voltem a ser realizados de forma conjunta, é possível de que nos próximos dias seja algo confirmado pelo Ministério da Saúde, uma vez que está sendo estudada a viabilidade de substituir o modelo de quarentena horizontal pela vertical.
No modelo horizontal, toda a população é obrigada a se isolar, enquanto na vertical apenas pessoas que pertencem ao chamado “grupo de risco” – no caso do coronavírus idosos e portadores de alguma debilidade de saúde, especialmente a respiratória – devem permanecer isolados.
“Tem várias maneiras de fazer quarentena, a horizontal, a vertical, isso tudo tem um bando de gente estudando”, ressaltou Mandetta, segundo o Estado de Minas. “Não vamos fazer nada que a gente não tenha confiança. Antes de adotar o fecha tudo, existe a possibilidade de trabalhar por bairro, existe a possibilidade de fazer redução em determinados aparelhos”, afirmou.