As Olimpíadas de Inverno realizadas na cidade de Pyeongchang, Coreia do Sul, chegaram ao fim no último final de semana. Para quem acompanhou pela TV, pode parecer que a fé não era um assunto tratado na cidade, mas longe dos holofotes, aproximadamente três mil missionários cumpriram o “Ide”.
Um batalhão de missionários sul-coreanos e de outras nacionalidades se dividiram entre Gangneung (cidade onde as competições indoor foram realizadas) e a sede oficial, Pyeongchang.
De acordo com informações do portal Religion News Service, o número de missionários enviados às Olimpíadas de Inverno é recorde. Marty Youngblood, líder da equipe de missionários da Convenção Batista da Geórgia, já viajou para evangelizar em cinco edições dos jogos e afirmou que 2018 foi o ano com mais voluntários.
A Coréia do Sul, que tem 29% da população cristã (com maioria de protestantes), é tida como um país com altos níveis de tolerância religiosa. Os Jogos de Inverno atraíram equipes de Batistas, Presbiterianos e Metodistas. As Testemunhas de Jeová e os Mórmons também enviaram missionários, com cada grupo compartilhando o Evangelho à sua maneira.
As Igrejas Cristãs Unidas da Coreia, uma coalizão de 144 congregações locais, estão ajudaram os grupos missionários estrangeiros a organizar locais de reunião e hospedagem, e aprender sobre a cultura coreana. As igrejas locais estão aproveitando as Olimpíadas à sua porta. Muitos estabeleceram estações de boas-vindas em estacionamentos, onde distribuem lanches, café e literatura cristã.
Além da oferta de café e lanche, a Igreja Presbiteriana de Somang – localizada à sombra dos locais de competição – apresenta uma orquestra ao vivo e membros da igreja vestidos com trajes tradicionais. É apenas uma das 26 igrejas locais em Gangneung com ministérios de divulgação olímpica.
Além disso, há um centro de ajuda da Igreja de Jesus Cristo do Santos dos Últimos Dias, um prédio de dois andares, oferecendo bebidas quentes e um espaço de recarga de bateria dos celulares, tablets e notebooks.
Myungsu No, um ministro do campus em Seul, diz que seus alunos da União de Estudantes Batista usam o comércio de pinos – um passatempo – para espalhar o Evangelho. Enquanto os atletas e os espectadores trocam pinos que tipicamente retratam um determinado país, esporte ou equipe, os grupos missionários distribuem um pino de lapela com a inscrição “Mais do que o ouro”, lembrando o slogan de um grupo missionário que evangelizou durante jogos olímpicos da década de 1990.
A referência é ao Salmo 119:127, que declara que os mandamentos de Deus são amados “mais do que o ouro”. Por outro lado, a referência ao ouro nas Olimpíadas lembra a maior recompensa disponível a um atleta que compete. A mensagem é que existe uma recompensa maior a ser buscada na vida, através da fé.