As orações pela libertação dos missionários norte-americanos que haviam sido sequestrados no Haiti foram respondidas: todos os 12 que ainda estavam em cativeiro foram liberados na última quinta-feira, 16 de dezembro, e já embarcaram rumo aos Estados Unidos.
O sequestro, ocorrido há dois meses, foi realizado por uma gangue chamada 400 Mawozo. Os criminosos pediam US$ 1 milhão por pessoa para o resgate, e um pastor que tentou intermediar negociações chegou a ser agredido no encontro com o líder do grupo.
Na última quinta-feira, após a notícia da libertação, o ministério responsável pelo envio dos missionários ao Haiti, Christian Aid (CAM, na sigla em inglês), publicou uma nota louvando a Deus pelo desfecho positivo:
“Nós glorificamos a Deus pelas orações respondidas – os doze reféns restantes estão livres! […] Junte-se a nós para louvar a Deus porque todos os dezessete de nossos entes queridos agora estão seguros”, declarou o CAM.
“Obrigado por suas orações fervorosas nos últimos dois meses. Esperamos fornecer mais informações conforme pudermos”, acrescentou a nota.
O ministério, uma das maiores organizações paraeclesiásticas anabatistas do mundo e ativa em vários países, citou Êxodo 15 na nota: “Cantarei ao Senhor, pois ele triunfou gloriosamente”.
A libertação
Na capital haitiana, Porto Príncipe, o porta-voz da polícia Gary Desrosiers confirmou a liberação para a agência de notícias The Associated Press, mas não forneceu detalhes adicionais, o que não permite saber se algum valor de resgate foi pago ou quais esforços levaram à liberdade dos reféns.
No final da tarde de ontem, um comboio de pelo menos uma dúzia de veículos, incluindo SUVs da Embaixada dos EUA e a Polícia Nacional do Haiti, pegou os missionários no escritório do CAM em Porto Príncipe e os levou ao aeroporto de Titanyen, ao norte da capital.
Antes da viagem de volta aos Estados Unidos, as pessoas na sede do CAM em Porto Príncipe foram vistas celebrando o desfecho, segundo informações da revista Christianity Today.
O grupo de 12 adultos e cinco crianças – incluindo uma criança de 8 meses – foi sequestrado logo após uma visita a um orfanato. Dois reféns foram libertados em 21 de novembro e mais três foram libertados em 5 de dezembro.
Ontem marcava dois meses desde que a “nossa difícil jornada começou”, disse o CAM, pontuando que, um dia após o início do drama, a situação estava entregue a Deus: “Confiamos que Ele nos ajudará a superar. Que o Senhor Jesus seja engrandecido e muito mais pessoas conheçam Seu amor e salvação. Mais uma vez, queremos afirmar nosso compromisso de confiar que Deus nos guiará”, disse o ministério à época.
A libertação ocorre em meio a um aumento contínuo de sequestros na capital Porto Príncipe e em outras partes do Haiti, que está lutando para se recuperar do assassinato presidencial de 7 de julho, um terremoto mortal de magnitude 7,2 que atingiu em meados de agosto, e uma severa escassez de combustível, como em outras partes do mundo.