Mais de 2.000 pessoas sinalizaram que vão participar de um escudo humano em tentativa de bloquear um protesto planejado pela Igreja Batista de Westboro durante o funeral de dois policiais mortos em serviço em Topeka, no estado norte americano do Kansas.
Os movimentos para a criação do escudo estão sendo organizados através de duas páginas de eventos no Facebook, e cada uma delas já convidou mais de 10 mil pessoas. Perguntado sobre o número de pessoas que deve comparecer ao funeral, Jude Quinn, o organizador de um dos eventos, afirma que “os números vão ser chocantes”.
A organização do escudo humano é mais uma demonstração de que Westboro enfrenta uma reação nacional, e vários reações estão sendo organizadas contra os protestos feitos pela igreja em funerais de soldados, crianças e vítimas de massacres.
Os participantes do escudo não planejam fazer piquete ou se envolver com membros de Westboro. Os organizadores disseram que o plano do escudo é proteger as famílias dos dois oficiais do piquete da Westboro, ao mesmo tempo, tornando difícil para a Westboro se aproximar do local do velório.
O grupo de membros da igreja ganhou notoriedade por piquetes em funerais militares, a fim de promover uma agenda um anti-gay e anti-aborto, segundo o Huffington Post.
Um evento semelhante ao planejado para o funeral dos policiais ocorreu em resposta aos planos do grupo para protestar contra os funerais das vítimas dos tiroteios na escola Sandy Hook, em Connecticut. Líderes da Westboro tiveram os planos frustrados por uma barreira humana semelhante quando foram manifestar contra o funeral das vítimas massacre. O grupo planejava “cantar louvores a Deus para a glória de seu trabalho na execução de seu julgamento”, alegando que o tiroteio foi uma resposta divina à legislação de Connecticut a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Nate Phelps, filho do líder da igreja, o pastor Fred Phelps, também condenou os protestos organizados por sua família, mas afirmou que as organizações contra os protestos só servem para dar mais notoriedade para um grupo pequeno e que não teria outra forma de se promover.
Nate Phelps, de 56 anos, saiu da igreja de seu pai aos 18 anos. Ele agora é diretor executivo do Centro para a Investigação do Canadá e faz parte do conselho de administração do grupo Recuperando-se da Religião. Ele também é um ativista dos direitos dos homossexuais.
A igreja liderada por Fred Phelps enfrenta oposição também pela internet. O grupo hacker Anonymous já realizou uma série de ataques contra os sites de redes sociais da igreja, e também iniciou uma petição no site da Casa Branca para que o grupo da Westboro seja considerado pelas autoridades do país como um grupo de ódio.
Por Dan Martins, para o Gospel+