O pastor Fred Phelps, 84 anos, morreu na última quarta-feira por conta de problemas de saúde, no Kansas. Fundador da Igreja Batista de Westboro, Phelps ficou conhecido como “fundamentalista”, por conta do discurso agressivo de sua congregação contra os homossexuais e demais pecadores.
A Igreja Batista de Westboro emitiu um comunicado dizendo que seu fundador, excomungado da denominação em 2013 por solicitar uma “abordagem mais amável pelos membros da igreja” durante os protestos, faleceu deixando a mulher, Margie, e 13 filhos. Entre seus descendentes, muitos cortaram relações com ele, de acordo com informações da Folha de S. Paulo.
Antes da morte do pastor, seu filho Nathan Phelps – que tornou-se defensor dos direitos LGBT – afirmou numa entrevista que estava triste pelo fim que se desenhava para seu pai: “Eu não sei como me sinto sobre isso. É terrivelmente irônico que sua devoção ao seu deus termine desta forma. Destruído pelo monstro que ele fez. Sinto-me triste por toda a dor que ele causou tantos”.
As placas e faixas da Igreja Batista de Westboro com mensagens de ódio – como por exemplo “Deus odeia as bichas”; “Obrigado pelo 11 de setembro”; “Aviões caem pelo pecado americano” – motivaram um grupo satanista a realizar a chamada “Missa Cor-de-Rosa”, sobre o túmulo de Phelps, num pedido direto ao diabo para que o pastor seja um gay no inferno, onde viveria para sempre.
Controverso, o líder fundamentalista teve seu legado analisado pela jornalista Cathy Lynn Grossman num artigo publicado no Religion News Service. No texto, Cathy afirma que “a mensagem que ele espalhou por todo o país nunca criou raízes, e na verdade ajudou a galvanizar o movimento dos direitos dos homossexuais e colocar os outros cristãos na defensiva”.
Ed Stetzer, presidente da Lifeway Research, convocou os cristãos a fazer “o contrário de Fred Phelps e amar as pessoas que não gostam – e dizer-lhes (ou melhor ainda, mostrar-lhes) que Deus os ama também”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+