Um bebê de quatro meses teve uma das mãos amputadas e outras sete pessoas foram assassinadas em uma aldeia de maioria cristã. Os criminosos são extremistas muçulmanos da etnia fulani, conhecidos como pastores de gado na Nigéria.
A suspeita recai sobre os pastores fulani devido ao histórico dos últimos anos e também por casos recentes na região. O crime do último domingo, 31 de julho, ceifou a vida de sete pessoas, incluindo quatro crianças. Além das vítimas fatais, um bebê teve uma das mãos amputadas.
O ataque no estado de Plateau, numa região próxima à fronteira com o estado de Taraba (açoitado por grande violência nos últimos meses) foi registrado dez dias após outro ataque na vila de Fusa, em que 5 cristãos foram mortos.
No último domingo, os extremistas muçulmanos invadiram a vila de Danda Chigwi, no condado de Jos South, pouco depois das 19h00. O saldo foram alguns feridos, incluindo o bebê, e os sete mortos.
O relato foi feito por uma testemunha chamada Dagah Dung. Um líder da juventude cristã na aldeia, chamado Rwang Tengwong, disse em um comunicado à imprensa local que os mortos eram Ruth Gyang Bot, 16 anos; Chundung Pam Gyang, 9; Mercy James Gyang, 12; Benjamin Pam Gyang, 5; Pam Gyang Dawho, 59; Nvou Pam Gyang, 43; e Jah Dung Pam, 50.
De acordo com informações do portal Morning Star News, o líder da juventude cristã revelou que os sete mortos eram membros de duas famílias e foram atacados em suas casas.
Dentre os feridos no ataque estavam Lyop John Dung, 40, e David Pam Gyang, “um bebê de 4 meses cuja mão foi amputada pelos agressores”. Eles estão sendo tratados no Hospital Vom Christian, mantido e dirigido pela Igreja de Cristo nas Nações (COCIN).
Dachung Bagos, que representa o distrito eleitoral federal de Jos South/Jos East na Câmara dos Deputados, descreveu o ataque como brutal em um comunicado à imprensa na segunda-feira, 01 de agosto:
“Este incidente levantou preocupações sobre a prontidão das agências de segurança para enfrentar de uma vez por todas o estilo de guerrilha de matar que tem sido incessante em meu distrito eleitoral e no estado de Plateau”, disse Bagos.
“Relatórios de inteligência dizem que os agressores enviaram sinais antes, e nenhuma ação foi tomada por parte das agências de segurança para impedi-los; isso é triste. Estou com raiva e enfurecido com os assassinatos diários dentro e ao redor do meu eleitorado”, acrescentou o deputado.
Caos do estado de Taraba
No estado vizinho de Taraba, na região nordeste da Nigéria, Rimamnde Shawulu Kwewum, um parlamentar na Assembleia Nacional eleito para representar a região, disse em um comunicado à imprensa que grupos terroristas muçulmanos mataram mais de 30 pessoas em comunidades predominantemente cristãs em dois condados diferentes entre os dias 5 a 12 de julho.