Cerca de 9.900 cristãos, todos membros de 10 igrejas localizadas na Etiópia, ficaram chocados com uma série de ataque promovido por um grupo de muçulmanos no início de fevereiro passado.
Os radicais invadiram os templos, pegaram os equipamentos de culto como instrumentos musicais, bíblias, bancos e outros acessórios, arrastaram para o meio da rua e incendiaram tudo.
Este caso ocorreu em Halaba Kulito, segundo informações das organizações Steadfast Global e Voice of the Martyrs-Canada.
Os radicais cometeram esses crimes gritando “Allahu akbar [Deus é grande]”, observou a Morning Star News, e não apenas os equipamentos foram destruídos, como também a estrutura de alguns templos, como o da igreja em Kale Hiwot Galeto.
Um informante da Steadfast Global, que pediu para não ser identificado, disse que foi espalhado um boato na comunidade local, aparentemente para incitar o grupo de muçulmanos contra os cristãos.
“A multidão enfurecida de moradores muçulmanos de todas as idades de toda a cidade se dirigiu às igrejas cantando ‘Allahu Akbar’ depois de receber informações falsas de que uma mesquita na área rural tinha sido bombardeada”, disse ele.
“O conteúdo de todas as igrejas foi removido dos edifícios e incendiado na rua”, acrescentou, lembrando que uma semana antes dos ataques, testemunhas disseram ter ocorrido uma conferência islâmica na região.
Ainda segundo o informante, integrantes do evento incitaram os muçulmanos para atacarem os templos, mas sem ferir os cristãos, algo que já aconteceu outras vezes.
“Uma das igrejas atacadas, a Meserete Kristos, foi novamente vandalizada, e os cristãos da área enfrentaram intimidação e ameaças”, informou.
Atualmente, todos os cristãos das igrejas destruídas estão se esforçando para conseguir reunir novos equipamentos, o que é muito difícil devido à condição econômica do país. A Morning Star News informou que outras igrejas e agências de ajuda humanitária também estão colaborando.