Mais um caso de violência extrema promovida por radicais muçulmanos veio à tona esta semana, após um tradutor da Bíblia Sagrada ser torturado até a morte e um dos braços da sua esposa ser decepado com um facão, em Camarões, na África.
Se trata de Angus Abraham Fung, que por vários anos trabalhou em parceria com os Tradutores da Bíblia Wycliffe, visando publicar uma versão do Novo Testamento na língua Aghem, dialeto local.
Efi Tembon, que lidera um ministério chamado Oasis Network em Camarões, informou que no último domingo um grupo de homens da etnia Fulani invadiu a casa de Angus, arrastando ele e a sua esposa para fora. Ambos foram torturados. O missionário morreu, enquanto a sua esposa teve um braço decepado por facão.
“Eles atacaram durante a noite e ninguém estava esperando. Eles simplesmente foram até a casa, tiraram eles e os mataram”, disse Tembon, segundo o Christian Post. “Eu não sei o que motivou o ataque. Eles acabaram de chegar e mataram pessoas em casa”.
Angus tinha 60 anos e era muito respeitado na comunidade onde atuava, pois foi a primeira pessoa a traduzir a Bíblia para o dialeto local, um trabalho pioneiro e de grande importância para todos na região.
“Ele foi um dos principais líderes comunitários de toda a tribo e fez parte dos serviços de tradução e também coordenou os esforços de alfabetização”, explicou Tembon.
“Ele fez uma grande parte do trabalho de alfabetização porque sua linguagem nunca havia sido escrita antes. Então, ele foi quem coordenou e ensinou a língua. Tantas pessoas agora podem ler e escrever o idioma como resultado do trabalho de Angus”, acrescenta.
Ainda segundo Tembon, o governo local tem sido cúmplice dos ataques promovidos pelos Fulani, uma etnia em sua maioria de agricultores muçulmanos que tem promovido o terrorismo contra os cristãos e outros que consideram invasores das suas terras.
“O governo sabe que o povo local está apoiando as forças locais”, explicou ele, se referindo aos separatistas. Como resultado do apoio popular aos adversários políticos, o governo tem usado os ataques dos Fulani como forma de intimidação.
“Os Fulani são muçulmanos e são minoria na área. E eles sempre têm um problema entre os habitantes locais. O governo usa isso agora para colocar os Fulani ao seu lado como um aliado para lutar contra a população local. Então eles foram armados e protegidos pelo governo e aterrorizam a população local”, conclui Tembon.